segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Natal 2011

Irmãos: por falha minha não postei a mensagem de nossa Ministra a tempo. Peço desculpas e desejo um abençoado Novo Ano a todos. Paz e Bem. Oswaldo


Queridos irmãos e irmãs,

Natal é a Festa de nosso encontro com Deus. É anúncio de paz e de esperança porque celebramos a vida.
“Não temais. Eis que lhes anuncio uma Boa Nova que será alegria para todo o povo: hoje nasceu na cidade de Davi um Salvador, que é o Messias, o Senhor. Isto lhes servirá de sinal: vocês encontrarão um recém nascido, envolto em faixas e deitado na manjedoura”! (Lc 2, 10-12)

Este anúncio de alegria ainda hoje nos é proclamado: Deus continua fazendo parte da história da humanidade. Uma luz invade o Universo e penetra os corações.

Deixe-se invadir por esta atmosfera de amor. Deixe-se invadir por esta LUZ!
Sinta-se, pois, renovado pela sua aliança com Deus, porque a mensagem de alegria e de salvação, trazida pelo Menino de Belém está em nossos corações.

Alimentemos esta chama, fruto do amor do Pai.

Neste Natal, queremos sentir muito do céu em nosso coração e em nosso lar. Em Jesus, o humano e o divino se encontram; que o amor em nossa família una o nosso amor ao de Deus, que se revela no Menino Deus, o “Emanuel” Deus-Conosco, que quer morar sempre em nosso lar.

Pedimos pela nossa família, para que todos permaneçam firmes na fé em Cristo, unidos pelos laços do amor, com muita saúde e na caridade solidária com todas as pessoas. Que a Mãe Maria guarde Jesus sempre em nossos corações e conserve a paz em nossos lares.

A você, querido irmão, querida irmã, que, ao longo deste ano esteve conosco na mesma caminhada, nossa gratidão, que o Senhor Jesus, do seu presépio nos abençoe, nos proteja, pois cremos Nele e com Ele desejamos um mundo de paz e de amor.

Um Feliz e abençoado Natal!
Denize Aparecida Marum Gusmão

terça-feira, 29 de novembro de 2011

ADVENTO: “O Senhor está para chegar!”


“Convocai todo mundo, anunciai a todas as nações e dizei: olhai para Deus, nosso Salvador que chega”.

Eis o convite para a festa!

Advento é tempo de preparação para a festa que de novo celebra o Natal. É tempo de restaurar caminhos; é tempo de tirarmos os olhos da terra para contemplar o céu; é tempo de cuidar da alma e de embelezar o coração para acolher o Menino que vem. É tempo de nos aproximarmos mais de Maria para com ela aprender a dizer SIM ao Projeto de Deus.

É tempo de procurarmos a intimidade com José e com ele compreendermos, através do silêncio, o mistério inexplicável de que foi testemunha: a Virgem Maria com o Filho de Deus feito homem nos braços. É tempo de buscarmos a experiência verdadeiramente cristã do Natal: o Deus Humilde numa rocha, sobre palhas, entre o boi e o burro, como o fez São Francisco.

Advento é tempo de alegria, da verdadeira alegria que nasce da humildade da Encarnação e alcança sua plenitude no milagre da manhã da Ressurreição.

Advento é tempo de esperança, pois aquele que os profetas predisseram, que Maria esperou com amor de mãe e que João Batista anunciou, chegou na “casa do pão” trazendo a novidade de um novo céu e uma nova terra.

Convocar a todos para virem a Belém, ver o Menino na manjedoura e anunciá-lo, como Salvador e Príncipe da Paz, é o convite que devemos fazer a todos aqueles que, de boa vontade, desejam fazer parte da festa do Natal.

Caríssimos irmãos e irmãs, mais uma vez o Senhor nos dá um tempo belo e santo quanto o Advento para pensarmos na vida, para levantar os olhos ao céu e suspirar pela plenitude para o qual o Senhor nos criou. Não vivamos desatentamente este santo tempo de graça!

Que o Senhor nos abençoe e nos conduza a um Natal verdadeiramente cristão.

Paz e Bem!
Denize Aparecida Marum Gusmão
(Ministra Região Sudeste III - SP)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

FALECIMENTO: EMANUELA DE NUNZIO

Irmãos
Abaixo o belo texto escrito por nossa atual Ministra Geral Encarnacion del Pozo (carinhosa chamada de "Encarnita") sobre a ministra anterior, Emanuela de Nunzio.
Infelizmente não consegui traduzir do espanhol.
Se alguém o fizer eu postarei a tradução.
Paz e Bem.
Oswaldo
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Hoy 11 de noviembre, se estará celebrando un Funeral en el mismo hospital de Roma donde falleció ayer, nuestra hermana Emanuela. Luego su cuerpo será trasladado para ser sepultado en el pueblo que la vio nacer en la Apulia, en Italia. Durante el funeral, estarán presentes los Asistentes Generales de la OFS, además de muchos hermanos y hermanos de la OFS. Emanuela, era viuda, sin hijos y no tenía ningún familiar cercano. Los hermanos de la OFS, eran su familia. Encarnita por su parte, su más cercana hermana, durante el funeral, pronunciará las siguientes palabras:


El día 10 de noviembre de 2011, a las 18,55, ha fallecido en la ciudad de Roma, nuestra hermana Emanuela De Nunzio, a la edad de 82 años. Momentos antes de su fallecimiento estaban orando por ella en torno a su lecho, Benedetto Lino, su esposa Gilda y Encarnita del Pozo. En el momento de su partida al amor infinito de Dios, estaba acompañada por Encarnita y una amiga suya. Benedetto y Gilda regresaron inmediatamente, para orar por su alma, hicimos la señal de la cruz sobre su frente y la encomendamos a San Francisco y a Santa María de los Ángeles para que presentaran su alma al Altísimo.
Emanuela, profesó en la OFS en la Fraternidad de RODI GARGANICO SAN CRISTOFORO, en la Apulia el 3 de marzo de 1949. En 1959 fue Secretaria de su Fraternidad local.
Sirvió como Ministra Nacional a la OFS de Italia, en tiempo de las “obediencias”, en la Fraternidad Nacional asistida por los conventuales.
Fue elegida Ministra General de la OFS en el Capitulo General de Fátima en el año 1990, y reelegida en el Capítulo General de 1996 en Roma.  Como Ministra General,  se integró en la primera Conferencia de la Familia Franciscana, abriendo las puertas a una  colaboración en la que tuvo che “luchar” para ir abriendo las puertas a una colaboración mutua, para que la OFS fuera tenida en cuenta, como componente de la Familia Franciscana.  
Tuvo entre sus muchas responsabilidades la promulgación de las Constituciones Generales el 6 de febrero del 2001.   En su carta-promulgación de las Constituciones, ella dejó plasmado el itinerario de los franciscanos seglares que procuró ella misma vivir hasta el fin de su vida:  Nuestra Profesión,  representa para cada uno de nosotros, el punto de referencia de la experiencia cotidiana, a partir de una vocación específica y de una identidad precisa.  Sobre esta base es necesario forjar nuestra existencia y hallar un proyecto de vida (la radicalidad evangélica franciscana) y un lugar de comunión eclesial (la Fraternidad), en los que nos sea posible comprender “el por que y el cómo vivir, amar y sufrir”. (CCGG Art.10). 
Recorrió el mundo, incansablemente, visitando sea las Fraternidades nacionales constituidas que las emergentes, llevando las Constituciones, para que fuesen amadas, estudiadas y aplicadas por cada hermano y hermana para dar savia nueva a la Orden Franciscana
Como profesional del derecho, puso siempre sus conocimientos al servicio de la OFS donde, hasta sus últimos días, apoyó a la Comisión Jurídica de la Presidencia del CIOFS.
Emanuela en una intervención muy sentida en el año 2002, nos dijo: “Deberemos recuperar la visión esencial de nuestra relación con Dios, con nosotros mismos y con toda la creación, para reencontrar una incondicional posibilidad de diálogo con quien camina a nuestro lado a lo largo de los caminos del mundo.  Creo que podemos presentarnos con un simple eslogan: ‘Caminar con los pies descalzos en el Jardín de Dios  despreocupados  de las espinas’
“¿Que significa caminar?” Se preguntaba Emanuela y respondía con las palabras de San Agustín: “Andar hacia delante en el bien, progresar en la santidad… Si progresas es signo de que caminas,  pero debes caminar en el bien, debes avanzar en la fe, debes progresar en santidad. Canta y camina. Es un camino ´hacia la casa del Padre´, para presentarnos a El ´santos e inmaculados en el amor, para rendir cuentas de los talentos que nos ha confiado y sentirnos acogidos con el Venid Benditos…..”
Ella ya goza de la invitación del Señor, porque ha realizado su camino en el bien, en la fe y en la santidad. Ha cantado (mal, pero cantaba) y ya ha recibido Su invitación: “Ven Bendita…..”
Que su alma repose en el amor infinito de Dios y reciba su merecido descanso entre sus brazos.
Encarnación del Pozo
Ministra General OFS
Roma, 11/11/11

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

“Evangelizados para Evangelizar”.


Caríssimos irmãos e irmãs,
Paz e Bem!

À luz deste tema, foi realizado o XIII Capítulo Geral da OFS, no Brasil.

De 22 a 29 de outubro, próximo passado, a Terra de Santa Cruz, tornou-se a casa dos filhos e filhas seculares de São Francisco, espalhados pelo mundo todo.

Foi uma grande graça termos sido os escolhidos para sediar este Capítulo, pois tivemos a oportunidade de experimentar a grandeza do serviço, da partilha, fraternidade e da troca de experiências entre irmãos e irmãs tão diferentes quanto a aparência física, o idioma, os costumes e, que ao mesmo têm o mesmo projeto de vida, o de Francisco de Assis.

Quero por meio desta, agradecer as Fraternidades que colaboraram, enviando a sua contribuição para ajudar nas despesas que tivemos com a realização deste Capítulo, aqui no nosso Regional.

Agradeço de coração a Fraternidade São Bonaventura, que recebeu a Presidência do CIOFS, que chegou uma semana antes a São Paulo, para um delicioso almoço e momento de lazer.

Agradeço a Fraternidade Santa Clara, de São Paulo e a de São Francisco de Assis de Guarulhos, pelo trabalho incansável de receber os participantes nos Aeroportos.

Agradeço os irmãos e irmãs que estiveram a serviço durante todo o Capítulo no Centro Pastoral Santa Fé, realizando os mais variados tipos de trabalho e à disposição dos capitulares, servindo com a alegria e simplicidade franciscana.

E, agradeço de modo muito especial, aqueles que se fizeram presentes em Aparecida para acolher nossa Ministra Geral e os irmãos e irmãs capitulares, demonstrando consciência de pertença, abrindo as portas da “Casa da Mãe” e “fazendo a festa”, do nosso jeito brasileiro de ser franciscano.

Quero, além de agradecer, partilhar com vocês a grande experiência de tirar o manto e vestir o avental para servir; a de viver a fraternidade apesar das diferenças; a de morrer para as próprias convicções e desejos, para fazer a vontade do irmão, sendo menor em todas as circunstâncias; a de dobrar os joelhos para rezar, nos momentos difíceis e, a de erguer as mãos para agradecer pela missão cumprida, apesar das falhas e limitações.

Com a certeza, cada vez mais viva em meu coração, de que vale a pena viver a fraternidade, eu os abençôo, com o desejo de servir a Jesus e aos irmãos hoje, amanhã e sempre.

Fraternalmente,
Denize Aparecida Marum Gusmão
Ministra Regional Sudeste III – SP

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Notícias do Capítulo Geral da OFS

Queridos irmãos
Abaixo uma imagem do site da OFS NACIONAL, com notícias do CAPÍTULO GERAL  (http://www.ofs.org.br/)
No site do Nacional tem muito mais material.
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A EXPERIÊNCIA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS NO MONTE ALVERNE

Quando o Conde Orlando presenteou Francisco com o Monte Alverne, o homem de Deus aceitou-o sob a condição de que aquela montanha seria o lugar ideal para oração, a penitência e a contemplação.

Lugar que mais tarde testemunhou a união íntima e perfeita de Deus com o pobrezinho de Assis, quando o seu ardor seráfico e a solitária beleza do lugar levavam o santo ao êxtase da alma e, ao êxtase dos sentidos e da visão, a Frei Leão que trêmulo de espanto, por muitas vezes, viu-o elevado do chão, absorto em Deus. Era o ápice da experiência do Alto acontecendo na vida dele, colóquio sublime da sua alma com o Altíssimo.

Ajoelhado entre as rochas e as árvores do bosque do Alverne, com o rosto e as mãos voltados para o céu, São Francisco rezava de maneira simples e sincera uma oração que ao mesmo tempo era fogo e doçura: “Quem és tu, dulcíssimo Deus meu e quem sou eu, vilíssimo verme e teu inútil servo”? E o Senhor que não responde aos filósofos e soberbos, respondeu ao humilde Francisco, no silêncio selvagem do Alverne, dando-lhe conhecer o abismo da bondade divina e a lamentável profundidade da miséria humana.

Para atingir esse ponto de intimidade com o Pai, através da contemplação, Francisco havia orado, amado, sofrido e desejado sentir em vida, na alma e no corpo, quanto possível, as dores que Jesus suportou na hora da paixão e, ainda, sentir no coração, o quanto possível, o mesmo amor do qual o Filho de Deus estava inflamado para voluntariamente suportar uma tal paixão por nós pecadores, sua entrega fora total e perfeita. E a resposta a tão sublime desejo o Senhor lhe deu, marcando a sua carne com o que ele já trazia na alma e no coração, as suas cinco gloriosas chagas, marcas da sua Paixão.

Ele havia encontrado a Deus porque o buscou na redução a nada, na vida de penitência, no despojamento. Um despojamento que não era desprezo pelos homens e pelas coisas, mas reconhecimento interior; amor perfeito para com os outros, encontrados e sentidos na luz de Cristo. E é a isso, que ele convida os seus seguidores: segui-lo nesse itinerário que exige abandono do mundo para lançarem-se na busca da plenitude do Amor. Amor que passa pela cruz, que revela e faz conhecer Deus.

Para tanto é preciso que experimentemos esse Amor e, só poderemos experimentá-lo se o desejarmos. Estaremos abertos para o desejo de Deus se estivermos, também abertos, à ação do seu Santo Espírito.

Naquele “lugar ermo” do Alverne, a experiência de Deus leva-nos a vislumbrar, lá do alto do precipício todo o itinerário da vida de Francisco e os caminhos que podemos tomar para segui-lo. É como se ele nos conduzisse para aquela altura para lá de baixo nos convidar para voarmos em direção ao infinito. De lá, nós ouvimos claramente os seus apelos; nós podemos enxergar a que nos chama a nossa vocação e nos sentimos fortes para arriscarmos, do alto daquele precipício, a iniciar com Francisco, seus sublimes vôos de amor, morrendo a cada dia para o mundo e nascendo para uma nova vida, na qual encontramos

Jesus nas fraquezas e imperfeições dos nossos irmãos e irmãs e, na qual, a partir do nosso despojamento, do nosso silêncio encontramos a alegria de permitir - lhes uma mudança de vida.

O acontecimento do Alverne veio atestar, dezoito anos depois ao de São Damião, que Francisco entrara de coração na missão de reconstruir o “lugar de Deus”, ameaçado de desmoronar. Desde então, sua vida outra coisa não foi, senão o cumprimento da palavra empenhada, que a cada dia, na busca da conversão e da imitação de Cristo, foi tomando aos poucos as feições que mais tarde, os estigmas lhe dariam: o rosto assumido por Jesus Cristo, quando nele coincidiram plenamente o desejo do homem e o desejo de Deus.

A experiência de Francisco no Alverne não foi um marco do passado, mas algo que vem acontecendo há oitocentos anos e, se renovando em cada discípulo seu que possui o coração selado pelas marcas de Cristo, quando experimenta as chamas espirituais do amor de Deus, imprimirem sua alma com as chagas de seu Filho, comunicando como amigo a um amigo, toda dor e todo o seu amor.

Tantos anos depois, ao contrário do que se possa pensar, pelo fato do Alverne ter sido transformado em santuário acessível a todos, ele não perdeu a sua capacidade de convidar ao recolhimento, a solidão, a oração e a penitência, no íntimo contato da alma com Deus. Ainda hoje, em meio as fendas de suas rochas, seus abismos, seu bosque, que foram testemunhas de tão grandes manifestações do Altíssimo, estão sempre a espera daqueles que chegam atraídos pela sugestão do milagre único que se realizou em Francisco.

Aqueles que ao subirem a Montanha Santa, buscam entre o ir e vir das pessoas um espaço para o recolhimento, diante dos lugares onde aconteceram os prodígios dos grandes êxtases, sentirão que ainda hoje, o Alverne de Francisco tem seus vales propícios para oração e contemplação, o que leva a uma revisão de vida e de valores.

Se no amanhecer ou no por do sol, pararmos na Capela dos Estigmas; na penumbra da silenciosa Santa Maria dos Anjos; no Oratório de São Boaventura e de Santo Antonio; na Capela do Beato João e na Santa Maria Madalena; no bosque e no abismo do Sasso Spicco; diante da gruta do Santo ou na de frei Leão; na Cruz da Praça do Quadrante, meditando a vida, não só na de Francisco, como na dos nossos antecessores, então também nós, apesar de nossas limitações e imperfeições, poderemos verificar que a nossa peregrinação ao Alverne, não importando por quanto tempo, haverá despertado em nós um desejo de renovação, um fermento de espiritualidade em busca de ascensão a Deus.

A meta é o Altíssimo, o caminho é Francisco e a certeza de estarmos atingindo a meta é a experiência que fazemos no Alverne, quando ao estendermos nossos braços ao chamado do nosso Fundador, alcançamos, com ele, as mãos de Deus.

São Francisco das Chagas, rogai por nós!
Denize Aparecida Marum Gusmão
(Ministra Regional)

sábado, 3 de setembro de 2011

MENSAGEM AOS ASSISTENTES ESPIRITUAIS DA OFS


Agradecemos ao Pai das misericórdias pelos Assistentes Espirituais que vivem sua vocação com muito amor e dedicação, sendo exemplo que nos direciona no caminho da paz e do bem, como nosso Seráfico Pai pede.

O Assistente é aquele que sabe ouvir a voz de Deus, que sabe se expor de uma forma clara e simples, que sabe corrigir na caridade e no respeito ao próximo, que podemos contar nos momentos mais difíceis, pela fonte de sabedoria franciscana que nos transmite.

Que eles continuem orientando os irmãos de cada fraternidade, ajudando-os a manterem a perfeição da caridade no estado secular, promovendo o crescimento humano e espiritual, a comunhão com a Igreja e união com a Família Franciscana.

Que Santa Maria dos Anjos interceda por cada um dos Assistentes Espirituais concedendo a graça de nunca faltar assistentes para nossas fraternidades. Deus os abençoe e ilumine sua vocação. Amém!

Claudete Leutz Martins
(Vice Ministra Regional)


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

SANTA CLARA DE ASSIS E DE HOJE

Hoje é dia de festa. Festa para as Filhas de Santa Clara... Festa para toda a Família Franciscana... Festa para as nossas Fraternidades... Festa para cada um de nós!

Estamos nos preparando para celebrar 800 Anos da Conversão de Santa Clara, seu carisma, seu projeto de vida.

Um projeto sempre novo e atual porque, também é fundado no Evangelho; porque se conserva aberto à realidade do nosso tempo e responde aos seus desafios.

É novo e atual pela força simbólica do feminino como ela assume e o vive: sua personalidade fascinante e madura, seu equilíbrio, sua lucidez no discernimento e sua ousadia. Novo à luz da sua força renovadora e carismática, atrativa e conservadora.

Novo porque ela soube escolher a “melhor parte”, fez-se servidora e deixou como herança para as suas filhas de ontem e para nós, seus seguidores hoje, uma grande herança; a lição do serviço, de onde aprendemos que vale a pena arriscar e viver exclusivamente por uma causa nobre, o seguimento de Jesus, numa vida de pobreza, desapego e humildade, livres para melhor amar e servir.

A imagem de Clara de Assis, resgatada hoje, é de uma mulher madura na sua relação com Deus, com a Igreja, com o mundo, com a natureza, bem como na sua relação de equilíbrio e integração pessoal.

Uma mulher digna do nome que tem: Clara.

Neste ano em que estamos vivendo o terceiro ano preparatório para esse grande acontecimento que envolve toda a Família Franciscana, que possamos reavivar a chama do dom de Deus em nossas vidas: a nossa vocação.

Caríssimos irmãos e irmãs, eu hoje os abraço, com o mesmo abraço terno e amigo com que, com certeza, Francisco a acolheu na Porciúncula, pedindo a ela, que nos ajude e continue nos inspirando a permanecer no caminho iniciado.

Fraternalmente,
Denize Aparecida Marum Gusmão
(Ministra Regional)

terça-feira, 2 de agosto de 2011

PORCIÚNCULA DE FRANCISCO E DE TODOS NÓS!

No calendário litúrgico franciscano, o dia 2 de agosto é dedicado à celebração da Festa de Nossa Senhora dos Anjos, popularmente conhecida como "Porciúncula", Lugar frontal para a nossa mística. Santa Maria dos Anjos: berço da fraternidade! Aqui começou a vida e o amor mútuo. Um santuário mariano-franciscano, lugar santo, dos mais freqüentado em todo o mundo. É um espaço para rezar, refletir, purificar, encher-se de graça e iniciar novamente o caminho.

Se Assis é a “capital do espírito”, Porciúncula é um lugar necessário a toda humana criatura de nosso tempo: uma etapa, uma luz sobre o caminho. Ali emana um único fascínio: a mensagem pulsante do Evangelho, alegria, serenidade, simplicidade, fidelidade, pobreza...

Foi edificada no século X, no ano de 1045. Pertencia aos monges beneditinos do monte Subásio que ali alimentavam uma “pequena porção” de santuário. O que é o santuário? É um lugar sagrado onde a presença de Deus se manifesta. O mistério presente da divindade é que determina o lugar do culto.

Ali os acontecimentos passados são vivos e presentes: ali viveu Francisco, ali passou Clara, ali morreu o Poverello. Francisco e Clara continuam a ser mais vivos que nunca e a sua escolha de Amor é que marca definitivamente o lugar. Ali a Fraternidade se faz encontro, cresce,contagia e se comunica.

Em 1210 Francisco pede ao bispo de Assis e depois aos Cônegos de São Rufino alguma igrejinha para cuidar. A resposta é negativa. Vai então ao abade do mosteiro de São Bento, Dom Teobaldo. Este, com o consenso da comunidade monacal, concede a Francisco e a seus primeiros companheiros a Porciúncula para o simples uso e moradia. Só pede uma condição: se a religião constituída por Francisco crescer, a Porciúncula seja a Casa-Mãe.

Dom recebido, dom dividido. A casa fundada sobre o sólido alicerce da Pobreza ganha um sinal: por graça e gratidão ao bem feito pelos beneditinos, há o gesto da retribuição: cada ano os frades mandavam aos monges um cesto cheio de peixes. Os monges agradeciam com um vaso cheio de óleo. LTC 56; LP 8. (Frei Vitório Mazzuco)

Com esta reflexão de Frei Vitório, na Festa de Nossa Senhora dos Anjos da Porciúncula, desejo que tenhamos pelas nossas Fraternidades a mesma paixão que Francisco tinha pela sua Porciúncula e peço à Rainha e Senhora dos Anjos abundantes graças e proteção para cada um dos irmãos e irmãs.

Fraternalmente,

Denize Aparecida Marum Gusmão
(Ministra Região Sudeste III – SP))

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Orientações sobre o Capítulo Geral

OFS – REGIÃO SUDESTE III
Largo São Francisco, 181 / SP

São Paulo, 27 de Julho de 2011

Caros Irmãos e Irmãs,

Que o Senhor vos dê a Paz!

Estamos nos aproximando do grande evento da OFS do Brasil, com a realização do Capítulo Geral. Venho por meio desta, informá-los e orientá-los a respeito da nossa participação.

O Capítulo acontecerá no Centro Pastoral Santa Fé, na cidade de São Paulo, no período de 22 a 29 de outubro de 2011 e terá como tema “Evangelizados para Evangelizar”.

Estarão participando irmãos e irmãs provenientes de cento e dez países, onde a OFS se faz presente.
Pela primeira vez o Capítulo Geral acontecerá num país da América Latina, o que para nós é motivo de grande alegria, principalmente por ser o nosso Regional a sede de tão grande acontecimento. Com certeza será um marco histórico para toda a OFS do Brasil.
A nossa participação será no dia 23 de outubro, quando a Ministra Geral, Encarnazion Del Pozo e demais Capitulares, encontrar-se-ão com as Fraternidades Locais e JUFRA, em Aparecida – “Casa da Mãe” de todos os brasileiros.

Segue a baixo a programação desse encontro:

- Local: Espaço Dom Aloísio Lorscheider (fica na entrada principal da Basílica).
- Horário: 09:30h - Encontro com a Ministra Geral e Capitulares
                12:00h – Missa na Basílica de Aparecida

Orientações:

Pedimos que levem:
- bandeirinhas (verde e amarela), faixas ou banner’s com o logo do Capítulo para desejarmos boas vindas;
- como o espaço é aberto seria conveniente que se levasse água, lanche, boné, protetor solar.
- cada irmão deverá ter uma cópia da letra da música “Romaria”, que será cantada por todos os participantes durante o encontro.
- a camiseta a ser usada deve ser branca com o LOGO TIPO do Capítulo, conforme as orientações já encaminhadas.

A missa oficial será no horário das 12:00h horas, da qual todos deverão participar.

Após a celebração, os irmãos estarão livres para almoço e retorno.

Quanto aos Capitulares, seguirão a Guaratinguetá para visitar o Seminário Frei Galvão e a Fazenda Esperança. Na Fazenda Esperança, a Ministra Geral também se encontrará com as irmãs da 2ª Ordem e, neste momento fará um pronunciamento, saudando em nome da OFS, as Clarissas do mundo inteiro, pelos 800 Anos do Carisma de Santa Clara.

A Oração pelo Capítulo Geral (que já foi encaminhada às Fraternidades) seja rezada em Fraternidade e individualmente, pedindo ao Espírito Santo que ilumine todos os capitulares e todos aqueles que estarão envolvidos nos trabalhos de organização e acolhida.

De coração, agradeço as Fraternidades que atenderam nosso apelo e enviaram a contribuição para ajudar nas despesas que a OFS do Brasil está tendo e, peço àquelas que ainda não enviaram que o façam o mais breve possível.

Com a alegria que São Francisco e Santa Clara acolhiam os irmãos e irmãs que chegavam a São Damião e na Porciúncula, da mesma forma, vamos recebê-los e transformar esse momento num verdadeiro Capítulo das Esteiras, quando o Brasil se tornará a sede da OFS do mundo inteiro.

Recebam o meu abraço, na esperança e desejo de podermos nos encontrar novamente na “Casa de Maria” para celebrar a vida em fraternidade.

Fraternalmente,

Denize Aparecida Marum Gusmão
Ministra Regional

sexta-feira, 3 de junho de 2011

AQUELE QUE SE FOI E SEMPRE VEM

Solenidade da Ascensão do Senhor
Frei Almir R. Guimarães, OFM

Comemoramos hoje a ascensão de Jesus à glória dos céus.  Festa bela que nos toca profundamente.  Depois de ressuscitado, Jesus apareceu a algumas pessoas privilegiadas que  seriam testemunhas de sua ressurreição. Pelo seu testemunho elas diriam a todos que  Jesus vivia.  Houve um momento em que cessaram as aparições do Ressuscitado. Ele não era mais visto.  Nesse momento os apóstolos se deram conta da volta de Jesus ao seio do Pai.  Esse o sentido da Ascensão.

Ele viera da parte do Pai. Viera para conviver com os homens, falar-lhes das coisas do Pai, mostrar o rosto do Pai.  Ele, de fato, sendo de condição divina, não hesitou em tomar a condição de homem. Deificou a carne.  E com a carne humana subiu até o alto da cruz para fazer com que essa natureza humana fosse restaurada e transfigurada.  Os homens foram profundamente tocados por Deus na carne, na trajetória de Jesus.  Hoje comemoramos a festa do céu.  Nossa pobre natureza humana, redimida, está assentada na glória  de Deus com  ascensão  de Jesus. Tudo  isso porque  Deus se revestiu de carne em Jesus.  Temos saudades do céu.  Lá é o nosso destino final. Não desaparecemos na terra  nem com a cremação de nossos “restos” mortais.

A fé aponta como último horizonte de nossa caminhada a pátria da glória, destinada àqueles que se configuraram com Cristo, que renasceram de sua morte e ressurreição. Essa  “terra”  da glória não é um espaço geográfico mas  o coração do Deus  uno e trino.  Lá onde mora Deus é a terra da glória.  Hoje é o dia da festa do céu.

No momento da despedida  Jesus anuncia a próxima vinda do Espirito que virá com a  missão de tornar os seus apóstolos testemunhas  de Cristo  ressuscitado.  Esta a missão da Igreja em todas as transformações e vicissitudes dos tempos.   Podem surgir tempestades, podem surgir outros modos de se chegar a Deus  mas a  Igreja haverá de testemunhar   sua fé até o final dos tempos.  A pregação não é  “propaganda”,  mas anúncio de salvação na força do Espírito.

Uma nuvem encobre Jesus. Nuvem da glória de Deus. Os discípulos não poderiam continuar ali estáticos.  Precisariam ir pelo mundo preparando a segunda vinda de Cristo. “Esse Jesus, que vos foi elevado para o céu. Virá do mesmo modo, como o vistes partir para o céu”.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Experiência da Família Franciscana do Brasil em Assis - 01/05 – 05/06/2011

A EXPERIÊNCIA de ASSIS é um encontro intensivo para aprofundamento da espiritualidade  Francisclariana em lugares onde viveram Clara e Francisco de Assis. Esta experiência quer aprofundar nosso “ser franciscano” a partir dos estudos, das reflexões, da convivência fraterna, partilha, oração, contemplação, meditação (em grupo e individual) e a peregrinação pelos lugares franciscanos.

- Nesta etapa somos 14 expressões da Família Franciscana: 1º ordem (Frades); 3ª Ordem (OFS) e onze congregações franciscanas femininas (TOR). Coordenado por uma equipe composta de três pessoas: Frei Marco Antônio, OFM; Ir. Jailda Rocha Caitité, FNSA e Maria Bernadette do Amaral Mesquita, OFS.

- Etapa de preparação no Brasil (01-05/05), estamos vivenciando na casa geral das Irmãzinhas em São Paulo-SP.

Nessa primeira etapa vivenciamos um tempo em que a experiência Assis reserva para a integração do grupo, formação das pequenas fraternidades, apresentação do programa e, para o estudo dos primeiros temas que preparam os dias em Roma.

Conteúdos e vivências:
- Exposição sobre o que é a experiência em Assis: a partir da experiência de Francisco e Clara, fazer uma experiência de Deus em fraternidade (grupo que vai junto).
- Exposição da programação e itinerário;
- Apresentação dos nomes das congregações;
- Entrega de passagens e acerto de contas;
- Estudos: das fontes Franciscanas (Fr. Marco) e sobre Santa Clara (Ir. Jailda)
- Outros aspectos: ensaios de cantos; animação; momentos orantes/Missas; filme sobre São Francisco e Santa Clara;

- Etapa na Itália (06/05 – 05/06), vivenciaremos em:
Roma:
. Roma antiga:
- 1º dia: descanso
- Coliseu; Fontona de Trevi;
. Vaticano:
- Renovar a profissão de Fé
- Catacumbas; Basílica de S. Paulo;
- Audiência com o Papa;
. S. João de Latrão:
- Renovar a profissão de Fé
Assis:
. S. Damião:
. Eremitérios (Rieti)
. Porciúncula
. Monte Alverne:

Frei Rubens Nunes da Mota, OFMCap.

Foto dos participantes da Experiência (clique na imagem para ampliar)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Queridos irmãos por uma falha minha, não consegui postar a tempo a mensagem da ministra regional.
Estou postando hoje, 2a. feira, peço que me desculpem.
A reflexão, no entanto, continua muito válida. Paz e Bem. Oswaldo
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Páscoa - Vitória da Vida

“Então, elas deixaram o túmulo rapidamente com temor e grande alegria, e correram para dizer aos seus discípulos...  ( Mateus 28:8)

Um homem havia sido crucificado numa tarde de sexta-feira. Depois de um longo processo, todo ele cheio de injustiças, tinha sido condenado à morte. Havia tentado lançar à sua volta os fundamentos de um mundo novo de fraternismo, de vida solidária, de autenticidade, de sinceridade. Havia tentado desvendar aos homens de coração duro o insondável mistério do Pai, e o desejo deste de formar dos homens uma grande família.

Conhecia intimamente a Deus porque era seu Filho. Apesar de todas as provas de amor, os homens não compreenderam sua vinda.

Veio para os que eram seus, os seus, porém não o acolheram. E numa tarde de sexta-feira doou sua vida para a vida de muitos.

“Não há maior amor do que doar a vida pelos irmãos”.

Mas os cristãos do mundo inteiro crêem que o desfecho da história do homem de Nazaré não se deu numa sexta-feira, e sim na manhã de um radioso domingo. Bem cedo, Maria Madalena, outras mulheres, Pedro, João, seus discípulos, correram ao sepulcro, esperando encontrar a morte.

É compreensível. Imagens de violência encheram suas mentes, mas não encontraram o corpo do Senhor.  Em vez da morte, a mulher encontrou um mensageiro da ressurreição, que disse: "Ele não está aqui, porque ressuscitou como havia dito."  Ele vive! Esta é a grande novidade da manhã da Páscoa: Jesus de Nazaré não pertence mais ao domínio dos mortos, mas vive. Vive agora no coração das pessoas.
É seu rosto que encontramos no rosto dos nossos irmãos, de nossos amigos. Eis que podemos dizer juntos:

Ele venceu a morte!

Que a certeza e alegria da Páscoa da Ressurreição nos anime na caminhada rumo a um mundo melhor, pleno do amor incondicional Daquele que tanto nos amou, repleto da “Paz e do Bem”, tão sonhados por Francisco de Assis.

A cada um de meus irmãos e irmãs, desejo uma Santa e Feliz Páscoa!

Denize

terça-feira, 29 de março de 2011

Explicação da logomarca ("logo") do Capítulo

O “logo” destaca a representação do ícone formado pela Bíblia, pelo sol e pelo “Tau”.

A Bíblia representa o elemento dos “evangelizados”, por onde nos chega a história da salvação do homem.

O sol representa a atitude de “evangelizar”, levando a mensagem central de Jesus para todas as pessoas, assim como o sol irradia sua luz e seu calor para toda a humanidade.

Esses dois elementos se integram em uma só figura, traduzindo visualmente o tema do XIIIº Capítulo Geral da Ordem Franciscana Secular: “Evangelizados para evangelizar.

O “Tau”, envolvido no centro desses elementos, simboliza a Ordem Franciscana Secular e sua necessidade de estar sempre bebendo da fonte de água viva, que é Jesus Cristo, para poder levá-lo a todos os irmãos.

A cor azul do fundo marca o elemento “céu”, simbolizando que a graça de receber a Boa Nova e poder transmiti-la é uma obra divina.

O “Logo” também tem a preocupação de trabalhar com elementos universais conhecidos independentemente do país que o observador pertença. Mas nos mostra, também, os elementos que se referem a bandeira nacional do Brasil, como país onde se realiza o Capítulo, que sobressaem-se na bandeira nacional do Brasil.

quinta-feira, 24 de março de 2011

INFORMAÇÕES SOBRE O CAPÍTULO GERAL DA OFS

1. No dia 23 de outubro de 2011 teremos o grande encontro em Aparecida entre os capitulares e toda a OFS e JUFRA do Brasil e, eventualmente de outros países que lá se achegarem.

2. Como o encontro está marcado para as 10.00 hs., recomendamos que os brasileiros/as cheguem ao local às 9.30 para se acomodarem com calma. O local exato do encontro é o auditório da CNBB ao lado da Basílica.

3. Neste dia estaremos usando camisetas brancas com a logomarca do Capítulo, do lado esquerdo. O modelo está à disposição de todos que quiserem, em cada Regional, que coordenará este trabalho, mediante encomendas feitas citando a quantidade e especificando a medida das camisetas por parte das Fraternidades. Denize estará entregando um CD para cada Regional, com o logo, inclusive seu significado e a oração do Capítulo para ampla divulgação e fervorosa utilização.

4. Como pode ser que haja um espaço para um diálogo dirigido, cada Regional poderá enviar ao Ministro Nacional uma pergunta que queira fazer aos membros da Presidência do CIOFS, ou mesmo um pequeno texto com o qual queira manifestar-se. Estas intervenções serão analisadas e confirmadas previamente pelo MN, a fim de garantir a organização desse momento.

5. Sendo um evento de grande porte, com tanta gente envolvida, pedimos desde já a compreensão, caso termine antes que todos tenham se manifestado como previsto, mas a maior possibilidade é a de que isto não aconteça.

6. Lembramos a todos que, neste dia a JUFRA do Brasil estará junto da OFS comemorando seus 40 anos de existência no Brasil. Além disso, ser motivo de grande alegria para nós, será também uma oportunidade de divulgá-la a todos que lá estarão presentes. Para tanto, contamos com o apoio de todos para esta participação da JUFRA, que é vista com olhar bastante significativo por parte da Presidência do CIOFS.

7. A Missa será às 12 horas, portanto o encontro deve terminar ao menos 30 minutos antes, para que todos possam se acomodar na Basílica para a celebração. Avisamos desde já, que aos capitulares está reservado um lugar à frente, pois todos estarão em Aparecida pela primeira vez e talvez única vez. Eles sairão do encontro uma hora antes para ocupar o lugar que lhes foi destinado. Pedimos a todos que recomendem aos irmãos e irmãs que evitem o tumulto, a correria e dêem exemplo de civilidade e cortesia franciscana neste momento, permanecendo no local do encontro até às 11.30, quando a Presidência deixará o local para preparar-se para a entrada na Basílica.

8. Lembramos que as contribuições para o Capítulo Geral podem ser feitas em nome de: ORDEM FRANCISCANA SECULAR DO BRASIL – BANCO BRADESCO S/A – Ag. 0156/2 – Nações Unidas – Conta corrente 197.774-1.
Ao depositar, por favor envie o comprovante ou comunique por e-mail para: Rosalvo Gonçalves Mota – e-mail: rosalvom@uol.com.br
Endereço postal: R. Maria Figueiredo, 618 – apto. 164 - Paraiso
CEP 04002-003 – São Paulo – SP.

Paz e Bem
Rosalvo Mota

quinta-feira, 17 de março de 2011

Tenhamos cuidado com a Vida no Planeta, porque "A criação geme com dores de parto"

Irmãos e irmãs,

Neste tempo de Quaresma, os cristãos se voltam para a reflexão, oração e à espera alegre da Páscoa do Senhor.

É tempo de conversão e de conhecermos mais intimamente os planos de Deus em nossa vida através de um sincero exame de consciência e de nossos atos.

Neste tempo a Igreja do Brasil nos propõe a refletir sobre a Campanha da Fraternidade que este ano tem como tema: “FRATERNIDADE E A VIDA NO PLANETA”, e como lema: “A criação geme em dores de parto”.

Como cristãos conscientes e franciscanos comprometidos com o carisma de Francisco de Assis, somos convidados a nos unirmos a esta Campanha fazendo dela uma expressão autêntica de nossa conversão ao Deus da vida.

Francisco deixou-nos exemplos significativos no que diz respeito ao seu relacionamento com a Criação.

Chamou a Terra de Mãe porque dela tirava seu sustento, cuidava da natureza, evitando assim a interrupção precoce da vida sobre a Terra.

À luz da mensagem do Evangelho e dispostos a promover a vida humana, cuidando da natureza, dom gratuito de Deus, vamos nos comprometer a praticar gestos pequenos com responsabilidades para fazer a diferença. A Campanha da Fraternidade leva-nos a refletir neste tempo de penitência sobre os desafios em relação às mudanças de atitudes:

- substituir as sacolas plásticas por bolsas e sacolas de algodão para carregar compras;
- usar lâmpadas econômicas;
- não demorar muito tempo no banho;
- reciclar o lixo;
- contribuir com a coleta seletiva.

Precisamos acordar para a nossa realidade frágil diante da natureza, para que a nossa missão seja de zeladores da obra de Deus e guardiães da vida no Planeta. Assim chegaremos à Páscoa da Ressurreição certos de termos dado um passo na luta da preservação da Mãe Terra, casa comum dos filhos e filhas do Deus Altíssimo.

A você, meu irmão e irmã, desejo uma Santa Quaresma!

Denize Aparecida Marum Gusmão
(Ministra Regional)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Logomarcas do Capítulo Geral

Abaixo, 3 modelos de logomarcas do Capítulo Geral.
Lembrar que, como são modelos oficiais, ninguém está autorizado a fazer qualquer tipo de mudança.
Oswaldo
P.S.: clicar na imagem para visualizar no tamanho original
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Logo Horizontal, em Latim
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Logo Vertical em Português
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Logo Horizontal em Português, pequeno
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Oração e Logomarca do Capítulo Geral


TEMA: EVANGELIZADOS PARA EVANGELIZAR

 "Proclamai-o, pois ele é bom, e exaltai-o em vossas obras; pois com ste intuito ele vos enviou por todo o mundo, para que, por palavras e  obras, deis testemunho de sua voz e anuncieis que não há ninguém onipotente além dele (Carta Enviada a Toda a Ordem, 8-9).

ORAÇÃO PELO CAPÍTULO

“Altíssimo, glorioso Deus, iluminai as trevas do meu coração”

Somos filhos de Francisco e, em breve, estaremos reunidos em Capítulo, vindos de várias partes do mundo, porque queremos vos servir e amar melhor, Senhor.  Fomos chamados a evangelizar e para isto, precisamos por primeiro, sermos nós próprios, evangelizados. Sabemos que o maior evangelizador é o Vosso Divino Espírito Santo, o Ministro Geral da nossa Ordem. Por isso, a Ele recorremos humildemente: Fazei-nos homens e mulheres verdadeiramente evangelizados, a fim de que possamos caminhar alegremente, no meio do mundo, como levedo no meio da massa, trazendo o Evangelho de Cristo no coração, escutando-o na oração e anunciando-o no cotidiano de nossas vidas.  Que possamos dar-nos as mãos, como verdadeiros irmãos, olhando e penetrando no coração do próximo, da mesma maneira que Deus nos penetra e envolve com seu olhar.

“Concedei-me uma fé verdadeira”

Que em todas as circunstâncias, sob todas as dificuldades, sejamos sempre capazes de acreditar no amor de Deus e possamos vencer nossos medos e limitações, lembrando-nos que quando Francisco encontrou o leproso, venceu a si próprio e deu-lhe seu beijo de solidariedade, enxergando naquele homem, antes repugnante, a face chagada de Cristo e assim, o que era amargo tornou-se doce, mudando toda sua vida.

“Concedei-me uma esperança firme”.

Para que possamos responder aos sinais dos tempos, tempos em que, ao invés de catedrais, se constroem templos de consumo, em que a ânsia do ter aprisiona os corações e nos tira a paz, gerando violência e  corrupção. Que neste tempo em que vivemos, possamos serenamente, sem falsos moralismos, ter a ousadia de viver o Evangelho na sua
 profundidade, conscientes de que a evangelização franciscana sempre caminhou junto com a educação e a promoção humana, na esperança de um mundo mais justo, fraterno e igualitário.

“Concedei-me um amor perfeito”

Ajudai-nos, Senhor, a aprender o que é o amor, com tamanha intensidade de experiências e vivências, que a compaixão deixe de ser suficiente e  o amor floresça plenamente. Só vós sois o Amor, um amor tão grande, que não podemos exprimi-lo em palavras, mas podemos torná-lo reconhecível através de uma experiência vivida, tocando cada pessoa, provocando fascínio, encanto e atração.

“A fim de que se cumpra o vosso santo e veraz mandamento”

Que sejamos capazes, diante do mistério de Deus que aparece e nos toca, de exclamar como Francisco: "Senhor, que queres que eu faça?” E como ele, sermos fiéis ao chamado, cumprindo a nossa missão de evangelizados e evangelizadores. Amém.
(Autora: Sônia Gomes da Silva Bruno, OFS)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Capítulo Avaliativo da Ordem Franciscana Secular - 25 a 27 de março de 2011








NOSSA REGRA É NOSSA VIDA

Revendo os passos dados

Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM

A Regra e a vida dos franciscanos seculares é esta: observar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo o exemplo de São Francisco de Assis, que fez do Cristo o inspirador e centro de sua vida com Deus e com os homens ( Regra n.4).

E depois que o Senhor me deu irmãos, ninguém me mostrou o que eu devia fazer, mas o Altíssimo mesmo me revelou que eu devia viver segundo a forma do Santo Evangelho (Testamento 14).

Introdução

De 25 a 27 de março de 2011, os irmãos e irmãs da Ordem Franciscana Secular estarão reunidos em Capítulo Avaliativo na cidade do Rio de Janeiro. Franciscanos seculares de todo o país se deslocarão para viverem juntos a experiência do Capítulo. Foi escolhido como tema do encontro, assunto importante para a vida dos seculares: Nossa Regra é nossa vida. Os terceiros franciscanos dispõem de um texto “inspiracional” de sua caminhada e que se traduz na Regra aprovada por Paulo VI, em 1978. Necessário se faz voltar sempre a este documento básico. Normal que num capítulo avaliativo sejam examinados os passos dados nos últimos tempos e que, retomando o fôlego, os irmãos possam olhar com coragem para a meta que está diante de seus olhos. O que queremos? Para onde vamos? O que deu certo? O que precisa ser melhorado? Momento de revisão e de avaliação.

1. Viver é uma graça. O Senhor nos tirou do não existir, teceu as fibras de nosso corpo no seio de nossa mãe e tivemos a ventura de conhecer o mundo, as pessoas, a vida e fazer parte deste cortejo de homens e mulheres que percorrem os caminhos do mundo. Sentimo-nos, literalmente, peregrinos e forasteiros, na busca da plena realização de nossos dias. Sentimo-nos chamados a viver intensamente e não passar em brancas nuvens. Muitos de nós, no seio da família e da primeira infância, junto com o leite e o pão, o carinho e o afeto, viemos a encontrar a adorável figura de Jesus, o Cristo ressuscitado. Somos discípulos de Cristo e essa característica faz parte de nossa identidade. Não cansamos de dizer a nós mesmos que somos cristãos e que precisamos viver à altura. Hoje, a Igreja nos pede que vivamos intensamente o seguimento do Senhor, no sentido de sermos discípulos missionários. Tivemos ainda a graça de conhecer um caminho todo especial. Quisemos ser cristãos à maneira de Francisco e de Clara. Por uma graça toda particular, no seio da família franciscana, os seculares constituem a presença do carisma no meio do mundo, na organização de uma sociedade que seja prefiguração do reino. Somos franciscanos seculares e selamos esta decisão com a profissão solene que emitimos de viver a busca da santidade à maneira de Francisco em nosso estado secular. E vamos fazendo nossa caminhada. O Conselho Nacional acompanha esta caminhada em todo o país.

2. Estamos para realizar um capítulo de âmbito nacional, momento de bênção, de diálogo, de graça. Não se trata de uma reunião formal e fria. Mas um momento importante para o amanhã da vida dos franciscanos seculares. Éloi Leclerc, comentando a importância dos capítulos no tempo de São Francisco, assim se exprime: “Uma ou duas vezes por ano todos os frades se reúnem em capítulo. Esses encontros desempenham um papel importantíssimo na vida da fraternidade. Os capítulos não são somente um tempo forte durante o qual os irmãos, na alegria do reencontro, se reabastecem na oração e no louvor, mas também ocasião de tomada de consciência comum: todos e cada um se sentem solidários e responsáveis pela vida do grupo e por sua missão no mundo (...). Nessas assembleias democráticas, onde reina a grande liberdade dos filhos de Deus, os irmãos discutem seus problemas, comunicam suas experiências e escolhem seus responsáveis. Elaboram, redigem e promulgam leis, definem orientações e tomam grandes decisões que nortearão o futuro da comunidade” (em Francisco de Assis. O Retorno ao Evangelho, p. 60-61). Quais as luzes e as sombras que levaremos ao Capítulo? O tempo é de renovação e de reinvenção. O que propomos concretamente para o revigoramento de nossa Ordem no Brasil? Que análise fazemos de nossas regiões e áreas? O que acontece nas visitas fraterno-pastorais? Qual a qualidade de nossos capítulos em todos os níveis?

3. Vivemos no mundo, vivemos na Igreja, vivemos na Ordem, vivemos transformações. Não é aqui o lugar de elencar todos os desafios e preocupações que habitam em nós, franciscanos, na Igreja e no mundo. Nesse contexto é que a Regra é nossa vida. Nada está terminado. Temos que recomeçar, como dizia Francisco, porque até aqui pouco ou nada fizemos. Há questões que precisam ser respondidas. Há sombras: individualismo exacerbado, indiferença para com o próximo, exclusão, marginalização, drogas, esvaziamento de nossas paróquias, proliferação de seitas, ministros da Igreja nem sempre cheios de entusiasmo, envelhecimento dos membros de nossa Ordem, dificuldades em alimentar a fé das pessoas, falta de um atendimento sistemático aos jovens, desmotivação, leigos que não conseguem chegar a uma maturidade humana e cristã, um número razoável de irmãos e irmãs que pedem “afastamento”. Por vezes, uma pergunta nos trabalha: Até que ponto nossa Ordem consegue exprimir-se? Que significado tem nossas fraternidades franciscanas nas paróquias e dioceses?

4. Algumas convicções e luzes nos estimulam e nos fazem pessoas esperançosas. Vemos surgir aqui e ali movimentos de renovação evangélica. Há fraternidades franciscanas promissoras. Francisco de Assis continua atraindo. Nesse contexto nos lembramos da Regra que é nossa vida. Precisamos nos deter em seu texto que é alimento para nossa vocação e a vivência da Regra será nossa contribuição para o surgimento de um mundo renovado. Não podemos desvincular a Regra de Paulo VI à vivência profunda do Evangelho. Quando um Capítulo escolhe como tema Nossa Regra é nossa vida está apontando para um sério retorno ao Evangelho. Num mundo burocratizado, diante de expressões religiosas fixistas e imóveis, diante de um mundo que parece levar as pessoas a terem como sentido de sua vida o viver o presente, o usufruir das coisas, o esquecimento do leproso, nós temos a obrigação de viver a Regra do Evangelho. Não podemos deixar de dizer que a Regra ainda não foi assimilada pela Ordem. Precisamos sempre de novo mergulhar em suas riquezas para chegar a viver uma identidade franciscana secular.

5. Os franciscanos seculares são leigos que buscam a santidade. Não querem ser cristãos de repetição de gestos e ritos, orações e ações nem sempre nascidas no fundo do coração. Os que buscam nossas fileiras são pessoas (ou deveriam ser) apaixonadas pelo fogo do Evangelho. Esta paixão se traduz na vivência do duplo amor: amar o Senhor e os irmãos. Na vida de todos os dias, na família, na fraternidade franciscana, no trabalho dedicado à implantação, chamado Reino, os franciscanos seculares, “impulsionados pelo Espírito a atingir a perfeição da caridade no próprio estado secular, são empenhados pela Profissão a viver o Evangelho à maneira de Francisco e mediante esta Regra confirmada pela Igreja” (n.2). Sempre temos saudades do Evangelho. O Evangelho nos “picou” e deixou em nós seu “vírus”.

6. Querer refletir sobre o tema da Regra que é nossa vida forçosamente nos leva a reencontrar, redescobrir a força do Evangelho. O peso, o conservadorismo das instituições, uma tradição com t minúsculo, o espírito das aparências, o dogmatismo frio talvez tenham feito com que as pessoas se afastassem da força do Evangelho. Um autor franciscano afirma que a Palavra é dita a partir dos púlpitos e ambãos, em talkshows e reuniões religiosas com forte presença do povo. Não basta isso. Na verdade, Jesus é a boa nova, o Evangelho. Faz bem ler e reler os Atos dos Apóstolos, as epístolas de Paulo onde o tudo é perpassado pelo fogo do Evangelho. Nossa Igreja, depois de Constantino, sempre teve a tentação de se identificar com os grandes e com o poder. Francisco de Assis redescobriu o evangelho das grutas, da simplicidade, da pobreza, do amor que precisa ser amado, do leproso que necessita de cuidados.

7. Um documento antigo da Ordem Franciscana Secular na França se compraz em colocar em relevo o viver o Evangelho. Viver o Evangelho é viver a Regra. “Como São Francisco, queremos fazer do Evangelho a fonte de nossa vida. A ele nos referimos constantemente. Tal empenho não acontece apenas no começo, mas ao longo de toda a nossa vida, não ocasionalmente, mas o mais frequentemente possível, persuadidos de que nunca esgotaremos a riqueza do Evangelho. Frequentando o Evangelho é a Cristo que queremos acolher e encontrar: o Cristo vivo simplesmente presente no meio dos homens, presente no mundo, nos acontecimentos, na história, o Cristo, rosto humano de Deus, Filho único do Pai e testemunha de seu amor pelos homens; o Cristo tipo acabado do homem, em relação com seu Pai e com os homens; o Cristo, cumprindo e realizando através de tudo o que constitui sua vida a salvação do mundo e a glória do Pai”.

8. A Regra da OFS, feita de pedaços da Escritura e de orientações oficiais da Igreja, contém essencialmente o Evangelho. Por isso, no rosto dos franciscanos aparecerão traços evangélicos: uma vida pessoal e familiar de singeleza e simplicidade, vida de despojamento sem requintes competitivos e posturas que humilham; pessoas que vivem para servir e servem para viver; verdadeiros irmãos de seus irmãos de dentro e de fora, irmão não de discursos, mas de fato; gente laboriosa que trabalha sem perder o espírito da santa oração; pessoas que se alimentam cotidianamente da Palavra e da Eucaristia; pessoas que salpicam com a água do Evangelho tudo o que tocam e fazem, ou seja, seu trabalho pastoral, sua missão de pai e de mãe; pessoas que sabem acolher a cruz e que vivem no meio das provações o espirito da perfeita alegria; pessoas que se achegam dos mais simples e pobres; gente que não existe para si mas para que o amor seja amado. Essa é a nossa vida.

9. Retomamos uma reflexão de Éloi Leclerc. Ele nos fala de um espírito evangélico capaz de fazer cair as barreiras entre os homens. “Qual é esse espírito capaz de destruir os muros da separação e reaproximar os homens? O ponto nevrálgico de toda ação evangélica, como também seu melhor critério de autenticidade será sempre o empenho de mostrar abertamente o que a Boa Nova encerra de mais admirável, talvez até mesmo de “escandaloso” para certos homens “religiosos”: Deus, em seu Filho, quis aproximar-se dos pecadores, dos excluídos, dos condenados. Veio buscar os que estavam perdidos, aproximar-se dos que estavam mais afastados, fazer-se amigo deles, sentar-se à mesa em sinal de reconciliação. Este é o cerne da Boa Nova. Tal mensagem não pode ser mero assunto de um discurso. Não pode ser apenas captada por uma pregação no alto de um púlpito ou de uma tribuna. É percebida através de modos de comportamento e no engajamento de uma existência. Exprime-se na cotidiana sensibilidade e atenção para com as angústias dos homens. Comunica-se através da amizade, qualquer coisa como uma cumplicidade fraterna. É precisamente isto que os contemporâneos descobrem em Francisco. Este homem de Deus nunca se colocava acima de ninguém” (Francisco de Assis. Retorno ao Evangelho, p 54-55).

10. Estamos sempre girando em torno do Evangelho. Nossa vida é nossa regra e nossa regra é o evangelho, de modo muito particular o evangelho dos excluídos, dos sofredores, dos mais abandonados. Não somos uma associação piedosa, mas leigos evangélicos que se aproximam do que é mais frágil. Jean-François Godet Calogeras fala da experiência franciscana fundadora: “Todas as aventuras humanas começam por uma experiência fundadora. A experiência fundadora do movimento franciscano está vinculada aos leprosos. Foi servindo aos leprosos e deles cuidando que Francisco fez a experiência de Deus e da felicidade, experiência que ele descreve no seu Testamento como uma passagem do amargo para o doce. Foi, então, que ele compreendeu que estava na trilha errada aderindo aos princípios da nova Comuna de Assis, cuja paz e felicidade estavam fundadas na apropriação e acumulação de bens materiais, sem levar em conta os que não eram contados, não pertencendo a uma minoria privilegiada. Foi aí que Francisco compreendeu que devia mudar e voltar ao Evangelho, a boa nova proclamada aos pobres. A experiência fundadora de Francisco foi a de que irmãos e irmãs humanos ali estavam e que não podiam ser deixados de lado. Não era justo. Isso era importante para Deus porque Deus estava ali. Para os primeiros franciscanos construir uma vida segundo o Evangelho não queria dizer fugir para longe, mas oferecer uma sociedade alternativa fundada sobre a economia evangélica do serviço e da partilha, nas portas de Assis, no país de Deus”. Sem privilegiar este ou aquele tópico da Regra, talvez se pudesse aqui chamar atenção para algumas orientações fundamentais da Regra que é nossa vida.

11. Como irmãos e irmãs da penitência, em virtude de sua vocação, impulsionados pela dinâmica do Evangelho, conformem seu modo de pensar e de agir ao de Cristo, mediante uma transformação interior que o Evangelho chama de conversão ( cf. Regra n. 7). Trata-se de viver em estado de conversão, acolhimento do perdão, transformar o doce em amargo, aproximar-se daquilo que faz o encanto do Cristo pobre e não querer servir ao próprio ego. Importância do sacramento da reconciliação na vida e no exame constante de nossa consciência.

• No espirito das bem-aventuranças se esforcem para purificar o coração de toda inclinação e avidez de posse e de dominação, como peregrinos e forasteiros a caminho da casa do Pai (cf. Regra 10). Franciscanos leves, caminhando, sempre a caminho, no mundo, com outros...sem peso, sem prosa, sem superioridade.

• Estejam presentes pelo testemunho da própria vida humana, com iniciativas corajosas, pessoais ou comunitárias promovam a justiça com ações concretas (cf. Regra 15). Criarão condições dignas para os mais pequeninos (cf. Regra 13).

• Assim como o próprio Jesus foi o verdadeiro adorador do Pai, façam da oração e da contemplação a alma de seu ser e de seu agir (cf. Regra n.8). Não podemos negligenciar a vida de oração: missa, oficio diário, crescimento na contemplação, no meio do trabalho não perder o espírito da santa devoção e da oração.

12. Assim, os franciscanos sempre sentem saudades do Evangelho e a Regra de Paulo VI colocou em nossas mãos o Evangelho na ótica franciscana. Gostaria ainda de fazer alusão a uns poucos tópicos da vida da OFS que merecem ser avaliados neste Capítulo. Nas visitas fraterno pastorais, verificamos lacunas e brechas que precisam ser sanadas:

• Sempre de novo será preciso trabalhar na busca da identidade franciscana. O tema vem sendo tratado há anos: respirar espiritualidade evangélica, valorizar aquilo que nos torna cristãos discípulos de Francisco, não priorizar outras atividades e outras espiritualidades, vestir a camisa do carisma. Muitas deficiências nascem da falta de vocação e de identificação franciscanas.

• Palavra importante é fidelidade. Fidelidade à verdade de cada um. Fidelidade ao Cristo vivo. Fidelidade à profissão emitida. Sempre de novo a fidelidade. Fidelidade à sua fraternidade local. Fidelidade a tudo que diz respeito à Ordem. Não aceitar que as coisas corram e aconteçam.

• Difícil construir a maturidade humana, cristã e franciscana. Nosso tempo é feito de pessoas imaturas. Imaturidade no casamento, na paternidade, na administração dos bens. Há uma maturidade de comportamento, de respeito ao que é dos outros, na hora de assumir um encargo. Há pessoas imaturas que serão eternos adolescentes incapazes de fazer escolhas com seriedade e profundidade. Quantas vezes notamos certa sede de poder, vontade de aparecer, suscetibilidades infantis. Quanta imaturidade no caminho da espiritualidade quando as pessoas não são capazes de assumir a cruz em suas vidas.

• Estamos preocupados com o elevado número de irmãos e irmãs que pedem afastamento. As mais das vezes o afastamento é solicitado por causa de melindres e suscetibilidades. Os irmãos precisam ser corrigidos fraternalmente para que eles não joguem fora o tesouro da vocação, da profissão e assim tirem o brilho de nossa Ordem.

• Estamos fazendo um esforço de revitalização das reuniões gerais e de nossa fraternidade local. Será estamos convencidos da importância da qualidade de nossas reuniões do ponto de vista da oração, do estudo, de expressão de fraternidade, de estratégias para a missão?

• As visitas fraterno-pastorais regionais e locais não podem ser apenas o cumprimento de formalismos. Irmãos, mensageiros da paz e do bem, visitam irmãos, corrigem o que está torto, cobram carinhosamente. Nestas visitas haverá de se insistir no espírito de serviço e de corresponsabilidade em todos os âmbitos.

Conclusão

O Capítulo Avaliativo de março de 2011 deve colocar diante de nossos olhos uma vez mais a perspectiva de vivermos nosso dia-a-dia à luz do Evangelho e da força do Evangelho que é Cristo de tal sorte que, no final da caminhada pessoal e das fraternidades, possamos dizer que vivemos, como Francisco, a aventura do Evangelho. Deus abriu caminhos que seguimos com generosidade e o amargo se tornou doce.

Questões a serem discutidas em fraternidade:

• O que mais chamou sua atenção neste texto preparatório para o Capítulo avaliativo de março de 2011?

• Quando se estuda a Regra o que, a seu ver, parece fundamental?

• Como a Regra pode responder a certas sombras de nossos tempos sobretudo as que se referem ao individualismo, indiferentismo,

• Que traços deveria ter um franciscano secular que vive a Regra?

• Como andam nossas reuniões gerais e a vida de nossas fraternidades locais?

• Como se pode chegar a uma maturidade humana, cristã, franciscana e missionária?

Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM
Assistente Nacional da OFS pela OFM e Assistente Regional do Sudeste III - SP

Oração do XXXIII Capítulo Nacional Intermediário de Avaliação

Ó glorioso Deus Trino,
revendo os passos dados
na observância alegre e voluntária
do Evangelho de Jesus Salvador,
nossa Regra e nossa Vida,
segundo os ensinamentos e exemplos
de Francisco e Clara,
dai-nos prosseguir ardorosos e fiéis
na busca de vossa Presença e intimidade,
com as sábias orientações do próximo Capítulo,
para sermos luzes na obscuridade de nosso mundo
angustiado e aflito, sedento de Paz e Bem.
Pelo mesmo Cristo nosso Senhor. Amém
(Madre Maria Pacifica de Jesus,OSC - Mosteiro do Rio de Janeiro)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Uma bela iniciativa - um ótimo exemplo de franciscanismos prático

A Fraternidade Santo Antonio de Paraibuna (2º Distrito), através de alguns de seus membros, tiveram a iniciativa de participar de uma reunião do Fundo de Solidariedade do Município, juntamente com membros de outras igrejas e irmãos da Comunidade, para uma conversa sobre como ajudar as pessoas atingidas por desastres naturais do RJ-Minas e São Paulo.

De uma conversa para outra, surgiu a idéia de uma ação que foi executada com sucesso: de uma de uma coleta conjunta com a Policia Mlitar- Fundo de Solidariedade e OFS, de leite longa vida, água, alimentos não perecíveis, materiais de higiene pessoal (fraldas, absorventes,sabonete, creme dental- prestobarba- algodão, materias para limpeza  e outros.)

Estes materiais serão entregues da Policia Militar através do Comando de São José dos Campos. 

INTEGRIDADE DA CRIAÇÃO – EXERCÍCIO DO CUIDADO

Questão de Fé e Missão: “Ter a vida no centro das decisões”

Tudo o que Deus criou é bom, porque Deus é amor e justiça!

Por ser o Criador, Deus pode prever possíveis causas de danos, como também pode intervir.

Então é natural que se pergunte: porque Deus permite que aconteçam desastres naturais? Se procurarmos em Timóteo 3,16, encontraremos a resposta do próprio Deus.

Ele preparou tudo o que nossos primeiros pais precisavam para ter uma vida plena e segura. À medida que eles e nós, seus descendentes, obedecêssemos, a família humana poderia contar com a proteção constante de Deus, conforme está em Gênesis 1,28 e 3,16.

Infelizmente nossos primeiros pais desobedeceram, escolhendo um procedimento de independência. A grande maioria dos seus descendentes seguiram seus passos.

Em resumo, a humanidade como um todo, escolheu governar a si mesma, seu lar, a terra, sem pedir orientação a Deus, que respeitou o princípio do livre-arbítrio, e não impôs sua soberania aos humanos, mesmo que agissem de modo que pudessem prejudicar a si próprios, não abandonando a família humana!

Até hoje, Deus faz o SOL brilhar sobre os bons e os maus, faz chover sobre os justos e injustos (Mateus 5,45). Deu à humanidade, conhecer a TERRA e seus ciclos naturais. Esse conhecimento em maior ou menor grau, permite aos humanos prever condições climáticas extremas e outros possíveis perigos.
Saber quais são as partes da TERRA mais propensas a abalos sísmicos ou condições atmosféricas extremas. O desastre em si, nem sempre tem a ver com o poder das forças naturais envolvidas; o que em geral tem maior influência é a concentração de pessoas na região afetada.

Em mais de 160 países, mais de 25% da população mora em áreas de alto risco, e permitir que cada vez mais pessoas vivam em áreas de risco, é transformar num desastre, o que seria só um fenômeno natural.

Outros fatores agravantes são: a urbanização rápida e desordenada, o desmatamento e amplo uso de concreto para cobrir o solo que normalmente absorveria a água da chuva, que se tornam fatores causadores de deslizamentos de terra e grandes enchentes.

O fator humano pode transformar um terremoto num enorme desastre, isso porque, não é a onda de choque que causa a maioria das mortes e ferimentos, mas sim, o desmoronamento de prédios, casas e outros...

A falta de empenho político pode aumentar o número de mortes e códigos de edificação que poderiam proteger as pessoas, ou não são criados, ou não são aplicados. Cidades construídas numa região baixa propensa a enchentes, avisos que são ignorados ou encarados com indiferença.

Uma reação de indiferença ocorre com respeito ao aquecimento global, que pode aumentar o número de desastres relacionados às condições atmosféricas e elevar o nível dos mares. Devem-se levar em consideração, os fatores políticos, sociais econômicos e isso são coisas que não procedem de Deus.
Esses fatores humanos nos fazem lembrar a verdade bíblica de que o homem é incapaz de dirigir os seus passos (Jeremias, 10,23). Outro fator humano é a atitude das pessoas em relação a avisos, quer dados pela natureza quer pelas autoridades; se atendidos, poderiam evitar tantas calamidades.

Como conhecer sinais de aviso:“O tempo e o imprevisto, sobrevêm a todos” (Eclesiastes 9,2...). Porém muitas vezes existe alguma indicação dada pela natureza ou por autoridades, de que uma calamidade está para acontecer; assim quando se conhecem os sinais, as pessoas podem ter mais chances de sobrevivência.

Diante de tsunâmis, sabe-se que o recuo anormal da maré, pode preceder esses desastres; por acatarem avisos, pessoas escapam de tempestades violentas e erupções vulcânicas e outros...

Às vezes avisos da natureza, antecedem os das autoridades; é sensato estar familiarizado com ambos, especialmente se as pessoas moram numa área propensa a desastres (encostas).

Acontece que algumas pessoas não querem simplesmente abandonar seus bens materiais, mesmo ao se confrontar com perigo iminente. Em algumas regiões, as pessoas não se mudam para um lugar mais seguro, porque são pobres demais. Neste caso falta ação dos governos que não aplicam verbas destinadas a assistência aos menos favorecidos.

Apesar de tudo isso, certa medida de ajuda Deus nos mostra por meio de sua Palavra; princípios que podem salvar vidas se forem aplicados:

- Não ponha Deus à prova (Deuteronômio 6,16)

- Quando há ameaça de perigo, acatem os avisos da Natureza e Autoridades. (Provérbios 22,3)

- Dê mais valor à vida do que aos bens materiais: Mesmo quando alguém tem abundância, sua vida não vem das coisas que possui (Lucas 12,15). Os bens materiais tem seu lugar, mas não valem nada para os mortos. Portanto, quem ama a vida e aprecia o privilégio de servir a Deus, não corre risco desnecessário para proteger seus bens.

- Dê atenção aos avisos das autoridades (Romanos 13,1)
Quando se dá uma ordem oficial para abandonar o local ou para seguir algum procedimento de segurança, é sensato obedecer. Quando não há avisos oficiais de que um desastre está prestes a acontecer, as pessoas têm de decidirem por si mesmas quando e como agirem, levando em consideração todos os fatos disponíveis:

- Exercitar o amor fraterno cristão:
Procurar fazer o que é humanamente possível a fim de ajudar os outros num desastre natural. Os mais idosos podem fazer contatos para saber como estão os irmãos, se estão bem e em lugar seguro. Os mais jovens podem agir de outra forma: certificar-se de que todos tenham acesso a itens de primeira necessidade, como água potável, alimento, roupa e medicamentos essenciais. Os irmãos que estão em região segura, devem abrir suas portas para os que tiverem de deixar suas casas: “Revestir-se de caridade que é o vínculo da perfeição” (Colossenses 3,14)

Diante de tudo isso, devemos saber naturalmente que tais acontecimentos não são causados por Deus. Ele promete segurança e despreocupação (Provérbios 1,33). Então não nos deixemos abalar na fé e sim que os fatos nos ajude a edificá-la.

PAZ E BEM!
Teresinha Antunes Simão
Coord. Regional Codhjupic