quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Fotos do Encontro de Área

Fotos do Encontro da Área Sudeste sobre OFS/JUFRA
Realizado em S. Pedro-SP, de 22 a 24 de outubro de 2010.
 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Vida Fraterna

Frei Raimundo Justiniano Oliveira Castro, OFM
(Fundamentada na Carta a um Ministro e no Evangelho Lc. 24, 13-35)
Vida fraterna é a vida de irmãos...
A nossa Regra diz: “... se empenhem na leitura do Evangelho”.... É passar do Evangelho à vida, pois não existe vida fraterna fora da vida do Evangelho, porque antes de comparar minha vida ao Evangelho, eu já estou nele, porque foi o amor de Deus que me deu a vida.
Regra não é bitola estreita, é o caminho por onde andamos; é a forma que Deus nos dá para andarmos no caminho. A regra é a medula, ela nos põe de pé; é a chave do paraíso com a qual abrimos a porta do céu.
Se vivermos a Regra teremos um pacto com Deus e ele vive conosco. Deus já existia antes do mundo; Ele é o Evangelho que se revela e ao filho, que é o próprio evangelho. A Regra é menor que o Evangelho, mas tudo o que há nela está no Evangelho. A Regra dos frades, das irmãs pobres e dos seculares começa “em nome do Senhor”, e tudo o que Francisco faz é em nome do Senhor.
Na carta a Toda Ordem, Francisco põe Deus nas alturas e ele (Francisco) embaixo. É preciso praticar sempre a vontade de Deus, estar atentos a entender e praticar essa vontade.
Na Carta a um Ministro, alguns pontos chamam a atenção para a vida em Fraternidade:
1.      “A dificuldade da alma: ...” digo-te da maneira como posso: aquelas coisas que te impedem de amar o Senhor teu Deus, bem como aqueles que te opuserem obstáculo, irmãos ou outros, tudo deves ter como graça, até mesmo se te açoitarem...” A dificuldade é a graça que Deus me dá para viver a fraternidade; não devemos querer fazer primeiro a poda no outro, mas devemos podar a nós mesmos. A conversão é um grande passo.
2.      As pessoas que te causam aborrecimentos: “E ama aqueles que te fazem estas coisas. Não queiras da parte deles outra coisa, a não ser o quanto o Senhor te conceder...
Considera isto mais que um eremitério... Devemos fazer as podas interiores, pois a vida cristã é morrer para si mesmos. Nós projetamos para o outro o que temos dentro de nós; morrer para nós mesmos é a atitude do lava pés. Orar é abrir-se  para que a oração entre  dentro de nós. Precisamos trabalhar em nós mesmos, cientes de que é Deus quem age em nós. Aquele que morre é uma semente boa para a vida da fraternidade, pois é sinal de uma semente que dá fruto. Os santos fazem jejum e S. Francisco jejuou 150 vezes e Santa Clara, 180. Hoje temos muitos jejuns, principalmente de falar. Jejum é esvaziamento de nós mesmos para Deus entrar em nós, pois Deus faz as coisas boas em nós. O Evangelho do Lava pés mostra um Jesus que se curva e que é humilde.
3.      ... e esta seja a tua vontade e nada mais...
Nós temos que viver até as últimas conseqüências com o Cristo, e passar do humano para o divino é andar no trapézio. Os santos só tinham uma coisa no pensamento: Jesus Cristo crucificado.
4.      ... e esta seja a tua orientação...
Ama os que assim contra ti procedem, não exigindo deles outra coisa senão o que o Senhor te der. Temos dentro de nós um germe divino que será desabrochado.
5.      ...quero amar esse, não desejando que ele seja cristão melhor...
O pai tem um olhar cuidadoso com o que mais sofre.
6.      ...e nisto reconhecerá se ama realmente o senhor ...
É preciso recomeçar sempre e encontrar sentido no não sentido.
7.      ...não haja irmão no mundo que tenha pecado a não poder mais que após ver os teus olhos se sinta obrigado a sair de tua presença sem obter misericórdia, se misericórdia buscar. E se não buscou a misericórdia, pergunte a ele se não quer receber misericórdia.
Deus nos dá a graça de poder fazer como ele fez e São Paulo dirá: “Que bom quando o Pai nos corrige”. A vida fraterna é adesão a uma pessoa concreta e um projeto concreto – Jesus Cristo, que é um querer ver o Pai, amar (porque o Pai é amor), humildade, perdão e exemplo, porque ele só nos deu exemplo. No tempo de Francisco a vida era monacal, vertical. Na vida fraterna, todos somos irmãos, filhos do mesmo pai. Francisco quebra a hierarquia quando diz: “somos irmãos menores”. A presença do ressuscitado dá força para Francisco e Clara. Francisco entende o crucificado pelo crucifixo de São Damião que é glorioso e descobre o projeto de vida na oração, que é tudo. Francisco não é um homem orante, é um homem feito oração. Nós precisamos ser “feitos oração”, pois ser oração é interminável. O sentido do eremitério é um “tu a tu”. A vida fraterna se dá num espaço comum em que se partilha a caminhada. São Francisco e Santa Clara e os seus primeiros conversavam e partilhavam os bens que o santíssimo Pai lhes havia concedido, que pareciam às vezes incendiarem.
Devemos agradecer:
... como fomos recebidos pelo vigário de Cristo e a tudo que invoca a presença de Cristo na terra, e isso recebemos no batismo;
...como caminharam em santidade diante do altíssimo;
...como a vida deles pelo testemunho de vida, servia de exemplo para o próximo;

Em Lc. 24, 13-35,  os discípulos de Emaús são mendicantes de sentido. Quando Jesus se põe no meio deles, rompem o silêncio e se abrem ao diálogo. Jesus faz com que aprendam a interpretar a própria vida e as experiências a partir da escritura.
Nós somos prolongamento da palavra de Deus. Quando Jesus os ensina a interpretar a vida a partir da escritura, ele acende uma lâmpada no coração deles. Então fazem uma parada e convidam Jesus para ficar; “fica conosco” é permitir que Jesus entre em nossos espaços vitais existenciais. Na sua misericórdia, Jesus entra, porque é sedento de entrar em nossos corações vazios.
Para isso acontecer precisamos enxergar que somos demais fechados em nós mesmos. Ao nos abrirmos para Jesus, a comunhão fraterna acontecerá, pois Jesus senta-se à mesa, toma o pão e o parte. Eles reconhecem Jesus ao partir o pão. A vida fraterna ou relacional é escuta atenta da Palavra. Vida fraterna só se dá se arde o nosso coração a partir da palavra. A palavra tem que ser vivida e tomar corpo na nossa pessoa humana.
Se nos deixarmos arder pela Palavra, a vida fraterna acontece. Devemos ser o verbo de Deus feito carne que habitou entre nós.
Somos mendicantes de sentido e temos que assumir isso. Os discípulos de Emaús viviam com Jesus e não acreditavam nos fatos que aconteceram em Jerusalém.
Serei motivo de graça para o outro, quando receber essa a pessoa que me impede de amar a Deus.
Se eu sou a pessoa que impede o amor, sou mendicante de sentido e não viverei a vida fraterna.
Anotações do Retiro da Fraternidade São Francisco de Assis da Vila Clementino/SP
Frei Raimundo Justiniano Oliveira Castro, OFM

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ENCONTRO DA ÁREA SUDESTE OFS/JUFRA

Para conhecimento de todas as Fraternidades, comunicamos que de 22 a 24 de outubro / 2010 os irmãos e irmãs dos Conselhos Regionais Sudeste I, II e III, estarão reunidos na Casa de Encontros (antigo Seminário Santo Antonio dos Frades Capuchinhos), na cidade de São Pedro – Alto da Serra / SP.
Esse encontro que é realizado de ano e meio a ano e meio, reúne os membros dos três Regionais da Área Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo), da OFS e JUFRA, com o objetivo de avaliar a caminhada dos três Regionais, bem como criar uma unidade de trabalho a partir das Prioridades estabelecidas no Capítulo Nacional, trocar experiências e fortalecer o convívio fraterno entre os Regionais.

Dentro da programação está previsto uma exortação com o tema: “OFS E JUFRA COMPROMETIDOS COM A EVANGELIZAÇÃO”, que será apresentada pelo Assistente Nacional e Regional, Frei Almir Ribeiro Guimarães,ofm.

Contamos com as orações para que as metas estabelecidas alcancem os frutos desejados: nossas Fraternidades.

Denize Aparecida Marum Gusmão