terça-feira, 28 de setembro de 2010

Semana Franciscana, tempo de preparação para celebrar São Francisco

Semana Franciscana, tempo de preparação para celebrar São Francisco de Assis, sua vida, sua obra e sua Páscoa Gloriosa.

Para isso eu os convido, irmãos e irmãs, a lançarmos um olhar para a sua existência, desde os primeiros tempos, quando ainda jovem, trocou o sonho de acesso à nobreza, pelo casamento com a “dama pobreza”; quando deixou de cantar a juventude cavalheiresca da Assis Medieval, para fazer-se “arauto do grande Rei”. Um pouco mais e a experiência de misericórdia para com o irmão diferente, transforma o amargo em docilidade para alma e, o prepara para o encontro com o seu Senhor, em São Damião.

Nesse encontro o diálogo e o mandato: “Vai e restaura a minha Igreja”. E ele o fez, como pedreiro, reconstruindo pequenas capelas e, como apóstolo, restaurando a Igreja, templo do Senhor. Trabalho que começou a partir dele mesmo, revendo no dia a dia, sua relação com Deus, num processo contínuo de conversão.

O Senhor lhe dera irmãos e por isso sabia que deveria viver de acordo com a forma do santo Evangelho, mas foi na pequena Santa Maria dos Anjos, que entendeu a que estavam sendo chamados: como discípulos missionários, sair em missão, anunciando o Reino, promovendo a paz e defendendo o bem.

Entre tantas transformações, desafios e graças, o Senhor ainda lhe deu uma “plantinha”, da qual ele devia cuidar e fazer desabrochar e, também foi na Porciúncula, no seio da Senhora dos Anjos que ela desabrochou, para ser sua discípula, irmã, amiga e mãe, Clara de Assis.

Nas fendas das rochas do Carceri, de Fonte Colombo, de Monte Casalle, de Le Celli, de Greccio, do Alverne ... , locais dos grandes colóquios com o seu Senhor, mergulhava no mistério de Deus, do Presépio ao Calvário e, a cada momento de contemplação, a cada experiência, a pergunta, sempre de novo: “Quem és tu, Altíssimo Senhor, e quem sou eu?” E a resposta sempre vinha manifestada nos irmãos e irmãs, na natureza e em todos os seres criados, na fraternidade universal, onde ele via o rosto do Criador.

Cada lágrima derramada porque o “Amor não era amado”, era a expressão do desejo de sentir, no coração, o quanto possível, o mesmo amor daquele que tanto amou no alto da Cruz. A resposta a tão sublime desejo foi a manifestação no seu corpo daquilo que ele já trazia no coração e na alma, os Estigmas da Paixão.

No seu hino de ação de graças ao Autor da Vida, chamou todas as criaturas de irmãos e irmãs e depois de abençoar a sua querida Assis, reuniu-se com os seus, como Jesus na Derradeira Ceia e abençoou-os também, convidando-os a sempre recomeçar. Como herança, deixou para os seus filhos e filhas, presentes e futuros, a riqueza da vida em fraternidade.

Durante esta “semana santa franciscana”, vamos refletir e tornar oração cada etapa da vida do nosso Seráfico Pai, para que cheguemos à Festa da sua Páscoa, revigorados, com a “chama da vocação” ardente e cada vez mais comprometidos em tornar as nossas Fraternidades em “albergues do ressuscitado”.

A cada irmão e cada irmã, o desejo de uma santa e feliz Festa de São Francisco, pedindo ao Altíssimo e Senhor de todo Bem, que os abençoe e lhes conceda a graça da perseverança no caminho iniciado.

Com a ternura da Senhora dos Anjos eu os envolvo num grande e maternal abraço.

Denize Aparecida Marum Gusmão

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Chagas de São Francisco

    “Ó São Francisco, estigmatizado de La Verna, o mundo tem
saudades de ti como ícone de Jesus Crucificado”

 La Verna. Que o canto em seu louvor ressoe além do Monte Santo para toda a terra ouvir! Lá no rigoroso frio do topo da montanha, tão longe de todo contato humano, Francisco concluiu sua Caminhada e o Sonho tornou-se realidade gravada em sua própria carne.

 La Verna. Que o mistério que aconteceu sobre aquele bosque sagrado seja a prova do que os companheiros tanto ansiaram: que o selo que Jesus colocou na carne do pequeno Frei Francisco, foi a prova que de fato valeu o amor por eles despendido.


 La Verna. Que seja entoado o canto de que a Caminhada iniciada em São Damião é feita no interior, e o topo de sua montanha está no coração. Francisco doente e fatigado subia a íngreme altitude do Alverne para escalar os penhascos de sua própria mente e coração. Do alto do Alverne ele conseguia ver a planície da Úmbria, da Toscana...  E mais ao longe, bem longe chegava ao seu coração a vista da sua querida Assis. Francisco via tudo isso somente em seu coração e às vezes também via através dos olhos de Frei Leão.

Desde que recebeu as marcas da paixão, Leão tinha redobrado seu cuidado e atenção para com ele.
 Irmãos e irmãs elevem seus olhos para a Montanha Santa. O Alverne está em seus próprios corações. Subam até lá e se deixe tocar pelo Cristo crucificado. O toque das chagas de Jesus.
La Verna. Uma vez que o sonho está lá, você deve deixar o Alverne, pois a Caminhada continua; deixar o topo da montanha e assumir a sua cruz na planície e prosseguir, prosseguir... até a próxima Caminhada ao Cume mais alto, onde se agarrará a Jesus no paraíso.

“Cheio de amor. Cheio de amor. As chagas trazes do nosso Salvador”.
Denize Aparecida Marum Gusmão

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

PRIORIDADES ELEITAS NO CAPÍTULO ORDINÁRIO ELETIVO DA REGIÃO SUDESTE III – SP

Irmãos e irmãs,

Apresentamos as prioridades eleitas no Capítulo Regional Eletivo, realizado de 13 a 15 de agosto em São Paulo.

Acolhendo com seriedade e disponibilidade essas propostas, que elas sejam o fio condutor na caminhada de nossas Fraternidades, transformando-as em “albergues do Ressuscitado”, concretizando assim nossa tarefa evangelizadora.

Iluminados pelo Espírito do Senhor e pela intercessão de São Francisco e Santa Clara, desejo um bom trabalho na realização dessas propostas.

Meu abraço fraterno,
Denize Aparecida Marum Gusmão
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 PRIORIDADES ELEITAS NO CAPÍTULO ORDINÁRIO ELETIVO DA REGIÃO SUDESTE III – SP
Os irmãos e irmãs capitulares decidiram que as prioridades apresentadas e aprovadas no 32º Capítulo Nacional Ordinário Eletivo, ocorrido em Manaus nos dias 21 a 23 de agosto de 2009, serão assumidas por este Regional até o seu próximo Capítulo Ordinário de Avaliação, visto que ainda não foram suficientemente trabalhadas pelas Fraternidades Locais. Tais prioridades podem ser assim relacionadas:

1) Ação Missionária dos franciscanos seculares na família, nas comunidades, no encontro com os pobres e nas atividades além fronteiras, cuidando para que essas ações não levem a um mero ativismo.

2) Dar continuidade ao revigoramento nos encontros mensais e na vida em Fraternidade:
  • a) através da conscientização dos Conselhos Locais sobre a importância da preparação da reunião geral, de forma criativa, envolvendo todos os irmãos, quer professos, quer formandos.
  • b) Motivar os irmãos a assumirem os serviços da Fraternidade.
  • c) Trabalhar, efetivamente, a Pastoral dos Faltosos e o Serviço aos Enfermos e Idosos - SEI.
  • d) Incluir o Documento das Mútuas Relações OFS-JUFRA no Tempo de Formação e na Formação Permanente.
  • e) Proporcionar encontros que envolvam as famílias dos irmãos e irmãs da Fraternidade.
3) Promover a consciência ambiental através:
  •  a) de ações solidárias sobre o consumo consciente e o cuidado com a Natureza.
  • b) da participação nos Conselhos Municipais e de apoio a projetos direcionados a questões ambientais.
4) Colocado o questionamento aos membros dos Distritos, “O QUE LEVAMOS DESTE CAPÍTULO?”, foram apresentadas as seguintes conclusões:
  • a) As reuniões das fraternidades locais devem ser muito bem preparadas e dinâmicas, ornamentadas e alegres, para manter acesa a “chama da vocação”.
  • b) Continuar trabalhando o sentido de pertença, idealismo, disponibilidade e responsabilidade em assumir os cargos.
  • c) Compromisso de revelar o carisma franciscano, irradiando a alegria vivida neste Capítulo.
  • d) A presença do irmão Ministro Nacional, Antônio Benedito deu um caráter ainda mais fraterno aos trabalhos.
  • e) Noção de que nossa Profissão tem caráter definitivo e secular.
  • f) Maior engajamento dos Conselhos Locais na implementação da Assistência Espiritual em suas respectivas Fraternidades.
  • g) Nós saímos daqui com a certeza de que “Nossas Fraternidades, albergues do Ressuscitado”, são nossas maiores riquezas.

 Centro Santa Fé, 15 de agosto de 2010

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Dia do Assistente Espiritual da OFS

Caros Assistentes Espirituais da OFS


Neste primeiro domingo de setembro, data em que as Fraternidades comemoram o Dia do Assistente, não poderia deixar de cumprimentá-los por todo trabalho que prestam às Fraternidades Locais.

A minha saudação aos frades da Primeira Ordem e da TOR e às Irmãs Religiosas Franciscanas, é de gratidão e de súplicas ao Pai, para que sempre cumule de bênçãos e graças o trabalho Pastoral que realizam na Ordem Franciscana Secular e JUFRA, para que estas possam manter fiéis ao carisma franciscano, “sem perder o ponto de partida”.

E minhas orações às Fraternidades que ainda caminham com dificuldades pela falta de assistência. Talvez o maior desafio que teremos de enfrentar neste triênio. Peçamos ao Senhor que envie operários a essa messe.

Meu abraço fraterno,
Denize Aparecida Marum Gusmão