quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Mesquita síria é dedicada a Maria‏

(nossa irmã Denize nos envia essa notícia muito auspiciosa) 

Sem dúvida a nossa Igreja pede pela Paz, pelo bom relacionamento entre as religiões. Sabemos que Maria a nossa Mãe é intercessora nestas diferenças religiosa.

É interessante eles não colocarem o nome de Jesus considerado por eles um profeta e sim de sua mãe Maria  (que em árabe é Maryam.).

 A Mãe de Jesus pode ser a mediadora entre islã e cristianismo para uma convivência de paz.

 A Agência de Notícias Árabe Síria (SANA) informou que foi inaugurada no dia 6 de junho, uma mesquita sem precedentes no mundo islâmico: situada na cidade litorânea de Tartous, na Síria, ela é dedicada àVirgem Maria, mãe de Jesus Cristo.

Segundo Mohammad Abdul-Sattaral-Sayyed, o ministro sírio dos Bens Religiosos, esta novidade representa o real sentido de uma mesquita: convidar os fiéis à fraternidade.

O Patriarcado Maronita em Tartous e Lattakia elogiou a iniciativa e declarou que ela destaca o compartilhamento de uma mensagem sublime de amor e de paz por parte de cristãos e muçulmanos.

Maria é reconhecida pelo islã como a mãe do profeta Jesus e seu nome aparece 34 vezes no alcorão, mais do qualquer membro da família do profeta Maomé. Além disso, ela é a única mulher que dá nome a uma sura (capítulo) do alcorão: a sura 19 se chama Maryam, Maria em árabe.

Como tantas vezes ao longo da história, que Maria seja mediadora entre os homens para, finalmente, chegarmos à paz!

Maria, Rainha da Paz,
Rogai por todos os povos!

Sobre o cuidado da Casa Comum


Texto: Frei Ludovico Garmus, ofm

O título da tão esperada Carta Encíclica do Papa Francisco sobre o ambiente provém do “Cântico do Irmão Sol” de São Francisco de Assis, chamado também “Louvores das Criaturas”. O subtítulo “o cuidado da Casa Comum” indica o tema da Encíclica. A expressão “casa comum” vem do termo “ecologia” ou ambiente. A casa comum é o nosso Planeta Terra, comum não só para os seres humanos, mas para todos os seres vivos.
               
Logo na introdução (n. 1), para explicar a origem do título, o Papa cita um verso do Cântico do Irmão Sol, referente a nosso planeta: “Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã nossa, a mãe terra, que nos sustenta e governa e produz diversos frutos com coloridas flores e ervas”.
                
A Encíclica tem como destinatários o mundo católico, mas inclui também “todos os homens de boa vontade”, como o fazia o Papa João XXIII na Pacem in terris. O Papa Francisco quer entrar num diálogo familiar sobre os problemas que dizem respeito a todos que vivem na mesma casa comum (n. 2). Em seguida, lembra os vários ensinamentos e intervenções do Magistério (n. 3-7) sobre a questão ambiental, desde o Paulo VI (1971), passando por João Paulo II (1979-1988) e chegando a Bento XVI (2007-2011). Traz também o ensinamento do Patriarca ortodoxo Bartolomeu (n. 8-9, bem como o exemplo vivo de São Francisco de Assis (n. 10-12).
             
Nesta Encíclica, o Papa Francisco coloca como desafio urgente para toda a família humana: “proteger nossa casa comum… em busca de um desenvolvimento sustentável e integral” (n. 13-14). Por fim, expõe o método que seguirá em sua Encíclica, o método “ver, julgar e agir”, muito usado na Igreja da América Latina (n. 15-16).
                 
Ao “ver” é dedicado o capítulo I, “O que está acontecendo em nossa casa” (n. 17-61). Nele expõe o que já é do domínio comum: a poluição e as mudanças climáticas; a questão da água, a perda da biodiversidade; a deterioração da qualidade da vida humana e social; a desigualdade planetária; a fraca reação dos governos e as opiniões divergentes sobre a questão climática. O “ver” é feito através do olhar dos documentos e pronunciamentos do magistério, sobretudo, das Conferências Episcopais de diferentes partes do mundo, sempre ancoradas na visão dos cientistas.
                     
Ao “julgar” são dedicados os capítulos II a IV. O capítulo II, “O Evangelho da criação” (n. 62-100), o julgar é feito à luz da fé, da sabedoria dos relatos bíblicos da criação, da visão teológica e pelo olhar de Jesus. O capítulo III trata da “Raiz humana da crise ecológica” (n. 102-136). Este tema é analisado à luz do capítulo II e vê a raiz da crise ecológica na sensação de poder resultante da criatividade tecnológica, na globalização do paradigma tecnocrático e no antropocentrismo moderno.
                
O capítulo IV propõe uma tecnologia integral (n. 137-162), que envolve a ecologia ambiental, econômica, social e cultural, baseadas na vida quotidiana, no princípio do bem comum e na justiça entre as gerações.
                      
Por fim, o “agir” se desdobra nos capítulos V e VI (n. 163 a 246), que apresentam orientações para a ação e se propõem uma educação e espiritualidade ecológicas.
                   
A Encíclica do Papa Francisco aos católicos, aos cristãos em geral e aos “homens de boa vontade” nos coloca desafios inadiáveis a serem enfrentados urgentemente. Temos em mãos um roteiro riquíssimo para nossa reflexão, que poderá nos conscientizar sobre a crise ecológica. Assim iluminados pela luz da fé, da palavra de Deus e da teologia, estaremos melhor capacitados para cuidar de nossa casa comum, a irmã e mãe terra, e de toda vida que ela abriga.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Carta da Ir. Rosa Ma. Severino - Franciscanas de Siessen sobre o Perdão de Assis



Irmãos
Por falha minha, esta carta não pode ser publicada antes de 02 de agosto, no entanto, como quase todo o conteúdo é atemporal, acredito que será muito útil para reflexão e ação.
Oswaldo
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Guaratinguetá, 30 de julho de 2015
Queridas Irmãs – Queridos Irmãos – Paz e Bem.

            Diante dessa experiência tão dolorosa, ocasionada pela morte trágica de Ir. Odete, deparamos com nossas fragilidades humanas: medo, raiva, indignação, insegurança, etc.
“A Paz que anunciam com a boca, tenham-na mais amplamente em seus corações. Ninguém seja por eles provocado à ira, ao escândalo, mas pela mansidão deles sejam todos provocados a paz, benignidade e à concórdia. Pois os irmãos foram chamados para curar os feridos, reanimar os abatido e reconduzir os errantes. “Reg. TOR 9,30
            Com este pensamento da nossa Regra pra o dia de hoje; considerando que Ir. Odete faleceu aos pés de um quadro de São Francisco de Assis, Deus, em sua misericórdia, veio em nosso socorro e inspirou um caminho para conseguirmos oferecer o perdão. O dia 02 de agosto (Festa de Nossa Senhora da Porciúncula) na Espiritualidade Franciscana, é o Dia do Perdão. Aproveitemos a ocasião para fazermos uma corrente de oração e gestos concretos   pedindo a graça da conversão e do perdão.              Convidamos a todos que se sentiram feridos e que foram solidários conosco a participar desse dia de graça.

1.      Sugerimos algumas práticas que podem ser pessoais e/ou comunitárias:
a.       Escrever uma carta de reconciliação, telefonar, visitar ou dar um abraço oferecendo misericórdia a uma pessoa com quem não converso ou guardo mágoas;
b.      Criar um clima de perdão, reconciliação na família, na comunidade, na vizinhança;
c.       Exercitar a não violência nas palavras e não falar mal uns dos outros;
d.      Fazer momentos de adoração diante do Santíssimo Sacramento na intenção de todos os que são feridos pela perseguição, o ódio e a violência;
e.       Oferecer a Santa Missa, rezar o terço ou outra oração na intenção dos nossos inimigos e daqueles que ferem a humanidade com o ódio e a violência;
f.       Esses itens são apenas sugestões. Cada pessoa ou grupo pode fazer outras práticas de acordo com as possibilidades ou inspiração do Senhor.

2.      São Francisco conseguiu a graça de quem no dia 02 de agosto visitar a pequena Igreja (Porciúncula- Assis/Itália), dedicada à Mãe de Deus, ganharia a Indulgência Plenária. Mais tarde a graça se estendeu a outras Igrejas franciscanas. Lembramos as condições para ganhar tão grande graça:
a.       Confessar e comungar;
b.      Rezar na intenção do Papa;
c.       Visitar uma Igreja

“Senhor, fazei-me instrumento de vossa Paz”!
Com gratidão, fiquemos unidas,
Ir. Rosa Maria Severino
Superiora Provincial

"É Deus quem me faz permanecer firme"

“É Deus quem me faz permanecer firme”
06 jul 2015NIGÉRIA
Entre os dias 13 de junho e 5 de julho, Ana*, viúva nigeriana, esteve aqui no Brasil para compartilhar seu testemunho com os cristãos brasileiros. Ela passou várias igrejas de Brasília, Goiás e São Paulo
Ana começa seu testemunho dizendo que é um milagre ela estar aqui no Brasil. Ela agradece a Deus pela oportunidade e pede que seu testemunho alcance os corações de quem ouvir. 
“Em outubro, o Boko Haram (grupo extremista islâmico) dominou algumas cidades perto de onde moro. No dia 19, como em dias normais, eu e meu marido levamos nossos filhos à escola e fomos trabalhar. A cidade estava diferente e não havia policiais, apenas homens fardados, como se fossem do Exército. Recebi uma ligação da minha irmã, pedindo que eu voltasse para casa pelos meus filhos, pois a cidade havia sido tomada pelo Boko Haram. Eu e meu marido nos encontramos em casa, mas nossos filhos não estavam lá nem na escola. Nosso vizinho nos indicou o caminho pelo qual os viu seguindo. Pegamos o carro e seguimos na direção indicada. Havia pontos de inspeção espalhados pela cidade, todos controlados pelo grupo extremista. Quando passamos em um desses pontos, pediram que parássemos. E, sem percebermos, o grupo já estava em volta de nós. Pediram ao meu marido para sair do carro e perguntaram a ele: ‘Quem é você? Você é muçulmano ou um infiel?’. Ele respondeu: ‘Eu não sou nenhum dos dois, sou um cristão’. Com essa resposta, levaram ele ao lado esquerdo do carro e, antes que eu percebesse, atiraram nele. Quando me perguntaram, dei a mesma resposta que meu marido e levantei minhas mãos com os olhos fechados. Foi quando ouvi alguém gritar: ‘Pare, não mate essa mulher’. Deixaram que eu fosse embora. Precisava encontrar meus filhos. Após algumas horas dirigindo, ouvi vozes familiares que gritavam ‘mãe, mãe, mãe...’. Eram meus filhos, que estavam com a minha irmã. E foi então que me dei conta de tudo o que havia acontecido”, compartilha Ana com a igreja brasileira. Mesmo com a perseguição e tudo o que ela enfrentou por seguir a Cristo, ela continua: “Deus eu te agradeço por ter me escolhido. Não sou digna de ser perseguida pelo seu nome. Mas, ter testemunhado sobre ti tem me dado muita alegria. Obrigada, Jesus, pois é o Senhor quem tem me mantido forte!”.
Enquanto esteve no Brasil, Ana visitou 24 igrejas, abençoando a vida de muitos irmãos, compartilhando o desafio de viver verdadeiramente a fé em Jesus Cristo e impactando a igreja brasileira a orar e fortalecer a Igreja Perseguida.
Participe do próximo!
Agenda George
*Nome alterado por motivos de segurança.

Fraternalmente
Claudete L.Martins
OFS Sudeste 3-Comunicação