quarta-feira, 3 de outubro de 2012

NOSSO FRANCISCO DE ASSIS



Foi na pequena cidade de Assis, na região montanhosa da Úmbria/Itália, que em 1.182, nasceu o filho de um rico e próspero comerciante de tecidos e de uma piedosa senhora francesa: Francisco.

A história de sua vida tem sido, em nosso tempo, sedento de heróis, tema de filmes, de peças teatrais e de operetas, motivo de estudo e admiração.

Por que Francisco tornou-se tão popular e tão querido, por que arrastou tanta gente atrás de si?

“Por que a ti? Por que a ti?”

Talvez, porque sua história perde-se nos tempos medievais em que dominavam cavaleiros valorosos, destemidos e impotentes em suas armaduras, a defender ideais, a enfrentar obstáculos e provas gigantescas.

O filho de Pedro Bernardone, com típicas atitudes burguesas com vontade de ser nobre, frequentava a melhor juventude da cidade e divertia-se muito na companhia de seus amigos, teve sua própria armadura e lutou na guerra.  Mas nada disso trouxe-lhe alegria e satisfação. Uma doença inesperada jogou- o na cama por um bom tempo. Planos e sonhos por terra, mas um sol nascia dentro da alma, como uma aurora.

O grande crucifixo bizantino falou-lhe com clareza: “Vai, Francisco, reconstrói a minha casa que ainda está em ruínas”. A ordem, inicialmente entendida com toda a empolgação, no sentido material, valeu a Francisco meses de meses de trabalho de pedreiro. Tempo de silêncio, sondagem interior, disponibilidade... O “rei da juventude de Assis” vivendo como o pobres, olhando para eles de outro ângulo, atento aos novos apelos daquele que lhe pedia para reconstruir sua casa...

As cenas sucedem na mente de todos nós: o encontro com o leproso e o beijo que selou uma união entre ele e humanidade de seu Deus. O episódio na praça com o seu pai e o bispo, a nudez diante de todos, a liberdade e o despojamento. 

Ao celebrarmos o Dia de São Francisco estejamos unidos em nossas orações para que sejamos firmes no compromisso de fazer hoje aquilo que São Francisco fez no seu tempo, sem armas, sem imposições, sempre respeitando as diferenças, nunca como donos da verdade, porém convictos e fiéis à nossa fé.
        
 Ele fez a sua parte, que o Senhor nos ajude a fazer a nossa.

PAZ E BEM!

Denize Aparecida Marum Gusmão