Foi na pequena cidade de
Assis, na região montanhosa da Úmbria/Itália, que em 1.182, nasceu o filho de
um rico e próspero comerciante de tecidos e de uma piedosa senhora francesa:
Francisco.
A história de sua vida tem
sido, em nosso tempo, sedento de heróis, tema de filmes, de peças teatrais e de
operetas, motivo de estudo e admiração.
Por que Francisco tornou-se
tão popular e tão querido, por que arrastou tanta gente atrás de si?
“Por que a ti? Por que a ti?”
Talvez, porque sua história
perde-se nos tempos medievais em que dominavam cavaleiros valorosos, destemidos
e impotentes em suas armaduras, a defender ideais, a enfrentar obstáculos e
provas gigantescas.
O filho de Pedro Bernardone,
com típicas atitudes burguesas com vontade de ser nobre, frequentava a melhor
juventude da cidade e divertia-se muito na companhia de seus amigos, teve sua
própria armadura e lutou na guerra. Mas
nada disso trouxe-lhe alegria e satisfação. Uma doença inesperada jogou- o na
cama por um bom tempo. Planos e sonhos por terra, mas um sol nascia dentro da
alma, como uma aurora.
O grande crucifixo bizantino
falou-lhe com clareza: “Vai, Francisco, reconstrói a minha casa que ainda está
em ruínas”. A ordem, inicialmente entendida com toda a empolgação, no sentido
material, valeu a Francisco meses de meses de trabalho de pedreiro. Tempo de
silêncio, sondagem interior, disponibilidade... O “rei da juventude de Assis”
vivendo como o pobres, olhando para eles de outro ângulo, atento aos novos
apelos daquele que lhe pedia para reconstruir sua casa...
As cenas
sucedem na mente de todos nós: o encontro com o leproso e o beijo que selou uma
união entre ele e humanidade de seu Deus. O episódio na praça com o seu pai e o
bispo, a nudez diante de todos, a liberdade e o despojamento.
Ao celebrarmos o Dia de São Francisco estejamos unidos em
nossas orações para que sejamos firmes no compromisso de fazer hoje aquilo que
São Francisco fez no seu tempo, sem armas, sem imposições, sempre respeitando
as diferenças, nunca como donos da verdade, porém convictos e fiéis à nossa fé.
Ele fez a sua parte, que o Senhor nos ajude a fazer a nossa.
PAZ E BEM!
Denize
Aparecida Marum Gusmão