segunda-feira, 14 de maio de 2012

Essas mulheres chamadas mães

Senhor Deus,
Colocamos diante de teu amor previdente e providente a vida de nossas mães.
Que nesse tempo de maio possa chegar até teu coração esse hino de agradecimento que brota de nossos corações de filhos.

Graças te damos pelo seio que designaste que seria o espaço do começo de nossa vida.

Ali estivemos escondidos durante meses.

Fomos alimentados com o sangue, o ar, o leite, o carinho dessas mulheres que aprendemos a chamar de mães, matrizes, fontes de vida.

Nós te damos graças pelos cuidados que nos foram dispensados na infância, na adolescência e na juventude: pela roupa lavada e cheirosa, pelo purê de batata, pelo macarrão com queijo e molho de tomate, pelo suco de laranja, pelo mousse de maracujá e pela cuca de banana.

Nós te damos graças pelas conversas que tivemos com a mãe, quando saíamos com ela, quando nos levava ao pediatra, ao “barbeiro”, ou simplesmente para um passeio no parque, quando ela nos fazia visitar a igreja, nossa paróquia, quando nos levava a visitar os avós e os tios.

Nós te damos graças pelas histórias que a mãe contava a respeito da família, de sua infância, das coisas que ela viveu e tinha no coração, do cinema mudo, dos bailes, da banda que tocava no coreto da praça.

Sim, nós te damos graças de modo muito especial por essas conversas no tempo da adolescência e da juventude e pela xícara de café com leite que ela nos preparava quando voltávamos da escola, alguns dias o café se fazia acompanhar de uma broa de fubá ou de um bolo de chocolate.

Nós te damos graças pela presença da mãe no dia da formatura com seu vestido azul com bolinhas brancas, seus sapatos de salto, sua bolsa azul marinho.

Nós nos lembramos com carinho da figura da mãe nos dias de Natal, nas comemorações dos aniversários, na festa de nosso casamento, nas conversas que tivemos para “salvar” nosso casamento. Nós te damos graças, Senhor, pela trajetória e pela história dessa mulher única da vida de cada um.

E, Senhor Deus, perdoa se temos no fundo do coração uma tristeza, a tristeza de não termos mais, perto de nós, porque tu levaste a mãe que tivemos e que agora está assentada à mesa do banquete celeste diante de teus olhos.

Que ela interceda por nós junto a ti, por nos que temos uma imensa saudade dela.


Frei Almir Ribeiro Guimarães